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Por um terço do Kaká, leve o passe de Jirau

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03 de Jun de 2009

Triângulo Londres-Madri-Milão: quando o Real parecia ter fechado, apareceu o Chelsea e os dirigentes do Milan hesitaram. A perspectiva é de subir até 90 milhões de euro e justifica uns dias de negociação a mais. É quanto vale o mais caro jogador de futebol do mundo. O São Paulo torce para o leilão prosseguir, pois vai ganhar 5% da transação.

Enquanto isso, do outro lado do planeta, no eixo Porto Velho-Brasília-São Paulo: 90 milhões de reais - um terço de Kaká - é quanto custa comprar uma licença para saquear diversos milhares de quilômetros quadrados de Amazônia. O governador de Rondônia pediu mais, o Ministério do Meio Ambiente e o IBAMA validaram, o consórcio ENERSUS levou. Feitos novos feudatários, os administradores públicos negociam, vendem e concedem o bem público como uma propriedade particular. Seguros da impunidade, fazem isso à luz do sol, com um "Termo de Acordo" assinado pelas partes em desprezo da lei.

No "Grande Ditador", o inesquecível Hitler-Charlie Chaplin jogava bola com mapa mundi. No Brasil de hoje, os figurantes de Lula chutam pedaços de país ao mando de empreiteiras que compram novas capitanias. A indústria dos invasores de unidades de conservação aplaude, pois fica com pelo menos 10% das terras envolvidas na transação. Aliás, recebe mais terras florestadas para poder legalizar o que grilou e destruiu.

O problema ambiental se torna, frente a este descalabro, algo menor: provavelmente, desde a promulgação da Constituição em 1988, nunca se chegou a consumar um atentado tão descarado à ordem legal e constitucional.

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