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PGR e Alto Comissariado da ONU para Refugiados discutem situação dos índios Warao

MPF mpf.mp.br
09 de Nov de 2017

Representantes do Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (Acnur) se reuniram na sede da Procuradoria-Geral da República (PGR), nesta quinta-feira (9), para discutir com o Ministério Público Federal (MPF) a situação dos índios venezuelanos da etnia Warao, que migraram para o Amazonas, Pará e Roraima. O encontro teve a participação do vice-procurador-geral da República, Luciano Mariz Maia; da secretária de Cooperação Internacional da PGR, Cristina Romanó, e do secretário de Direitos Humanos e Defesa Coletiva da PGR, André de Carvalho Ramos.

Na reunião, o alto comissário assistente do Acnur, George William Okoth-Obbo, demonstrou preocupação sobre denúncias de que os indígenas estão submetidos a situação de vulnerabilidade. "As condições nos abrigos é muito difícil. Numa visita que fizemos há cerca de quatro semanas recebemos relatos de agressão sexual contra mulheres. Também nos preocupa a educação das crianças". Ele lembrou que os municípios e estados envolvidos com o problema não definem claramente a responsabilidade de gerenciamento dos abrigos.

Luciano Mariz Maia destacou que o MPF atua mais especificamente sobre o tema por meio da Procuradoria Federal dos Direitos do Cidadão (PFDC) e da Câmara de Populações Indígenas e Comunidades Tradicionais (6CCR/MPF). Ele citou ainda a expedição de várias recomendações que buscam motivar os gestores públicos a adotarem políticas públicas para resolver a questão.

"Estamos enfrentando o resultado da crise venezuelana. Esse movimento migratório é um problema de direitos humanos. Estamos tentando persuadir o governo a investir recursos em políticas públicas", afirmou. Mariz Maia esclareceu ainda que, em caso de violações de direitos humanos, o MPF também pode ajuizar ações judiciais visando a restauração do direito lesado. Também participaram da reunião a diretora do escritório do Acnur para a América Latina em Genebra, Renata Dibini; a assistente executiva do Acnur em Genebra, Alexandra Krause, e a representante do escritório do Acnur no Brasil, Isabel Marquez Daniel.

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