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Ianomâmis: Governo Lula é alvo de críticas por não frear mortes de indígenas

BNC - bncamazonas.com.br
14 de Jan de 2024

O Ministério da Saúde registrou 308 mortes na terra indígena ianomâmi nos primeiros 11 meses de 2023.

O governo Lula (PT) não conseguiu frear a mortalidade do povo indígena ianomâmi em 2023. Apesar de ter declarado situação de emergência no território no primeiro mês de mandato.

Por exemplo, o Ministério da Saúde registrou 308 mortes na terra indígena ianomâmi nos primeiros 11 meses de 2023. Como informa o Uol.

Além disso, o dado mais recente vai até o dia 30 de novembro e não conta os casos de dezembro. Em 2022, segundo a pasta, foram 343 mortes no total.

Como resultado, das 308 vítimas, mais da metade (162) são crianças de 0 a 4 anos. Destas, 104 eram bebês de até um ano. Ou seja, mais de um terço dos casos

Dessa forma, a mortalidade infantil no território ianomâmi é comparável à dos países com os piores índices do mundo.

Assim, em 2020, ano mais recente com o dado disponível, a taxa de bebês mortos com menos de um ano foi de 114,3 para cada mil nascidos vivos, quase dez vezes mais que a do Brasil (11,5).

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Crescimento
Dessa maneira, o número de mortes no território cresceu no segundo semestre do ano passado. Até 23 de junho, segundo o governo, foram registradas 136 mortes, e nos cinco meses seguintes foram mais 172 ocorrências.

Da mesma forma, casos de malária, gripe e doenças diarreicas também cresceram na segunda metade de 2023.

Nesse sentido, entidades de defesa dos indígenas veem falta de articulação no governo brasileiro. Para o ISA (Instituto Socioambiental) não foi seguida de um trabalho coordenado para estabilizar a situação.

A princípio, o ISA publicou em agosto um relatório sobre a persistência dos problemas na região, a expulsão dos garimpeiros, no começo de 2023,

O território yanomami passa por um processo de destruição que vem de muitas décadas. Obviamente, isso não vai mudar em um ano. Mas poderia mudar mais rapidamente se houvesse uma mobilização organizada. Eu diria que o governo subestimou o problema, disse Estêvão Senra, pesquisador do ISA.

Leia mais no Uol.

Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil

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