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Petrobras inicia gasoduto em novembro Economia

Jornal do Commercio-Manaus-AM
Autor: Ângela Segadilha
29 de Mai de 2003

A construção do gasoduto que liga o município de Coari a Manaus pode ser iniciada em novembro deste ano, se não houver alterações no cronograma do governo do Estado e itens como o contrato de compra e venda do gás, estimativa de demanda e liberação da licença ambiental pelo Ipaam (Instituto de Proteção Ambiental do Estado do Amazonas) forem acertados.

De acordo com o gerente-geral da Un-Bsol (Unidade de Negócios de Exploração e Produção da Bacia do Solimões) Sven Wolff, a relação entre a Petrobras e o governo do Estado está evoluída e reforçada em agenda permanente de encontros regulares com interlocutores nomeados. Ele revelou que existe um cronograma com tarefas envolvendo ambos os lados, que estão sendo executadas com o objetivo de iniciar as obras de construção do gasoduto Coari/Manaus, em novembro deste ano.

Sven disse ainda que, nesta semana, a Petrobras através da UN/Gás se reunirá com a direção da Ufam (Universidade Federal do Amazonas) para avaliar as condições de contratação dos serviços de pesquisa para reduzir o impacto ambiental no trajeto que compreende a construção do gasoduto.

Normas ambientais

"Nossa atuação tem sido referência do ponto de vista ambiental certificada por pesquisadores do Inpa (Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia) e o gasoduto deve atender às solicitações e demandas que o Ministério do Meio Ambiente já colocou", afirmou.

A capacidade diária de injeção nas reservas de Urucu são de 7,5 milhões de metros cúbicos/dia de gás natural e as operações de reinjeção de gás atingem 6 milhões de metros cúbicos/dia. A produção de petróleo e LGN (líquidos de gás natural) é de 57 mil barris/dia.

Silves tem menos óleo

Sven declarou que a reserva petrolífera identificada pela Petrobras no município de Silves (localizado a 200 quilômetros de Manaus), está em processo de desenvolvimento envolvendo a questão ecológica do projeto, que tem custo de US$ 300 milhões a ser implantado em dois anos.

Nas avaliações preliminares da Petrobras, os poços de Silves têm capacidade de produção inferior às reservas da bacia de Urucu e potencial de atingir produção em torno de 700 mil metros cúbicos/dia. "Temos reservas suficientes para atender o mercado local e Silves seria uma reserva estratégica para complementar eventuais demandas aqui da área e de outros mercados", declarou Sven Wolf. (AS)

Ufam no projeto

O reitor da Universidade Federal do Amazonas, Hidembergue Ordozgoith da Frota, se reúne hoje com dirigentes da Gás Petro, no Estado do Rio de Janeiro, para definir a participação da Ufam na elaboração dos estudos de avaliação dos impactos ambientais do gasoduto Coari/Manaus.

Além de levantar os possíveis danos que a construção do gasoduto pode causar ao meio ambiente, o estudo vai desenvolver soluções aplicáveis de proteção à natureza e à população que mora no percurso da obra.

Hidembergue ressaltou a experiência da Universidade Federal do Amazonas na área de pesquisa de impactos ambientais e destacou a participação da instituição na construção do oleoduto Urucu/Coari e no projeto Piatam.

Se o contrato entre Petrobras e Ufam for consolidado, mais de 60 pessoas entre pesquisadores, professores, alunos e técnicos ambientais integram a primeira etapa dos estudos de fauna, flora, recursos hídricos, situação climática e social dos locais onde irá passar o gasoduto.

O presidente do Ipaam (Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas) José Lúcio do Nascimento Rabelo, informou que o termo de referência de como será feito o Estudo de Impacto Ambiental para construção do gasoduto Coari/Manaus já foi elaborado. "Agora a Petrobras vai contratar uma consultoria para realizar os estudos, dentro do período aproximado de três meses. Se tudo correr normalmente estará sendo liberado o licenciamento para o início da obra", garantiu.(AS)

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