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Autor: Daisy Melo
24 de Abr de 2011
A pesca comercial do tucunaré e do aruanã está proibida na região da Bacia do Rio Negro, que fica localizada entre a divisa do Estado do Amazonas com a Colômbia, até a foz do Rio Branco. A decisão foi publicada na edição do dia 6 de abril no Diário Oficial do Estado (DOE), assegurada pelo Decreto 31.151. A proibição entrou em vigor a partir da data de publicação do decreto.
A secretária de Estado do Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (SDS), Nádia Ferreira, explicou que o decreto já existia e foi republicado. "Isso ocorreu devido à necessidade de preservar os lagos dessa região e especificamente essas duas espécies", disse. Entre as atribuições deste decreto está também a necessidade de proteção dos pesqueiros tradicionais que precisam 'competir' com a pesca comercial.
Os habitantes da área, que praticam a atividade exclusivamente para abastecimento das comunidades e cidades da região, estão livres da proibição. Esses pesqueiros tradicionais não podem, no entanto, usar rede de arrasto, substâncias tóxicas, explosivas ou outras que em contato com água produzam efeitos semelhantes.
As modalidades de pesca científica, amadora, esportiva e de espécies ornamentais podem ser praticadas normalmente. O secretário executivo adjunto de Pesca e Aquicultura do Estado, Geraldo Bernardino, disse que esse decreto garante a oportunidade de desenvolver a pesca esportiva no Amazonas. "É uma cadeia de negócios, que pode trazer mais turistas para o Estado e gerar emprego e renda para as comunidades que vivem nessas zonas estratégicas", afirmou.
Segundo Bernardino, a pesca esportiva já atrai muitos turistas, principalmente, norte-americanos e orientais, para a Região Amazônica. "Mas, há como trazer mais interessados desde de que seja feito o zoneamento de mais áreas como essas", disse. Além da Bacia do Rio Negro, o secretário citou regiões do Rio Madeira e do município de Fonte Boa (a 678 quilômetros a oeste de Manaus) como possíveis áreas para prática de pesca esportiva.
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