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16 de Jul de 2015
Oito organizações brasileiras ligadas à Ciência, Pesquisa e Meio Ambiente criaram um grupo de trabalho com o objetivo de estudar maneiras de usar Veículos Aéreos Não Tripulados (Vants's), ou drones, para promover a conservação dos recursos naturais brasileiros.
A criação do grupo ocorreu durante o workshop "Utilização de Vant's para manejo de conservação da biodiversidade no Brasil" - o primeiro deste tipo no País - e que aconteceu na sede do WWF-Brasil, em Brasília (DF). Atualmente, as organizações participantes do evento estão montando um plano de trabalho para dar prosseguimento às ações e ideias discutidas na ocasião.
Em outros países, os "ecodrones", como vêm sendo chamados esses equipamentos, que estão sendo utilizados para ações de prevenção e combate a incêndios florestais, monitoramento de fauna e áreas protegidas e mapeamento de cadeias produtivas.
Durante o evento, alguns tópicos foram identificados como prioritários e devem pautar os próximos passos do grupo. São estes: regulamentação, formação de corpo técnico e prospecção de equipamentos.
Regulamentação
Marcelo Oliveira , analista de conservação do WWF-Brasil, contou que atualmente não existe orientação clara para o uso de drones no monitoramento e vigilância de áreas protegidas no país. Por isso, as instituições vão discutir junto aos órgãos responsáveis, como a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), a regulamentação desta atividade e possíveis protocolos de segurança.
Oliveira disse ainda que hoje, no Brasil, poucas instituições possuem condições de operar os drones - e é preciso capacitar equipes e prepará-las para o uso do equipamento, que requer ainda o cumprimento de legislação específica.
"Precisamos estudar também como os diferentes aparelhos disponíveis no mercado se encaixam nos objetivos que temos previsto. Existe uma diversidade enorme de aparelhos que podem ser adquiridos e podemos trabalhar com vários modelos diferentes, dependendo do uso que for feito deles", explicou Oliveira.
Parceria
O Coordenador Geral de Proteção do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), Leonardo Vianna Mohr, considerou a iniciativa promissora e positiva.
"Diversas instituições estiveram conosco para mostrar como vêm trabalhando com o uso de drones, caso da Embrapa e do Instituto Araguaia, por exemplo. É fundamental que os órgãos públicos trabalhem em parceria para aproveitar o conhecimento já adquirido e proponham conjuntamente uma regulação", afirmou o coordenador.
Entre as instituições que participam deste grupo de trabalho estão o Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM), o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Agência Nacional de Águas (ANA), Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e a organização não governamental do Tocantins, Instituto Araguaia.
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