O Liberal-Belém-PA
31 de Jan de 2003
O setor madeireiro paraense fechou o ano passado, contabilizando um crescimento de 9,22% nas exportações de madeira em relação a 2001. As exportações subiram de US$ 286,264 milhões para US$ 312,674 milhões, incluindo um acréscimo de US$ 10 milhões em madeira beneficiada, segundo dados da Secretaria de Comércio Exterior do Banco do Brasil. Porém, como declarou ontem Roberto Pupo, vice-presidente da Associação das Indústrias Exportadoras de Madeira (Aimex), o setor madeireiro estadual pode dobrar as exportações se tiver a parceria do governo do Estado, concretizando medidas de incentivo ao comércio exterior.
O Pará é o terceiro exportador de madeira do País, perdendo, apenas, para o Paraná (US$ 600,233 milhões) e Santa Catarina (US$ 386,718 milhões. Entretanto, esses dois Estados têm matéria-prima florestal de origem plantada, enquanto o Pará exporta madeira da floresta nativa. O aumento das exportações de madeira ocorreu, segundo Pupo, em virtude da variação do dólar, estimulando os compradores dos produtos. Os principais mercados para os exportadores paraenses de madeira são os Estados Unidos, a França e a China.
Incentivo - O setor madeireiro é a segunda maior indústria no Pará, perdendo, apenas, para o setor de minérios (exportou US$ 1,732 bilhão em 2002, caindo de US$ 1,775 bilhão em 2001). Pupo observou que os departamentos financeiros das empresas minerais no Estado fecham operações de câmbio nas exportações em outros centros do País, ao contrário do que ocorre com relação às empresas madeireiras exportadoras no Pará. Com uma parceria com o governo do Estado, que já sinalizou com essa intenção manifestada pelo governador Simão Jatene, o setor madeireiro pode, em cinco anos o total de exportações, como disse Roberto Pupo.
O setor responde por 62 mil empregos diretos e cerca de 300 indiretos. A Aimex reúne 42 associados, e responde por 80% das exportações. Pupo disse que os US$ 312,6 milhões correspondem a 40% do total de venda de madeira nos mercados interno e externo.
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