VOLTAR

Órgãos indigenistas do Brasil e do Canadá se reúnem para trocar experiências

Site da Funai
Autor: (Carmen Lustosa)
17 de Mar de 2003

A Funai e o Ministério Canadense de Assuntos Indígenas e do Norte estão reunidos no auditório da Funai "Gilberto Pinto Figueiredo" para trocarem experiências no que diz respeito ao tratamento dado à questão indígena nos dois países. O Vice-Ministro, John Silclair, apresentou um panorama geral da situação atual dos indígenas no Canadá e traçou um histórico do relacionamento do Estado Canadense com as Nações Indígenas, chamadas por eles Primeiras Nações. A diferença nos orçamentos dedicados aos povos indígenas nos dois países se mostrou escandalosa, mas a possibilidade de abrir um canal de contato entre índios brasileiros e canadenses animou as lideranças. O governo canadense procura dar importância a todos os aspectos da assistência aos índios, e os amplos recursos são em grande parte entregues diretamente às próprias comunidades, devidamente capacitadas para tal. Quase um milhão de índios canadenses encontram-se agora no que o ministério chama de fase de reconciliação ou renovação, iniciada com a Proclamação Real de 1763 (Royal Proclamation) e que tem evoluído com uma série de tratados de obediência legal, um Ato Constitucional, um Ato Indígena e a Carta de Direitos e Liberdades. A vulnerabilidade dos chamados "aborígenes" é percebida pelo governo por meio de dados como a taxa de suicídio dentro das comunidades, a expectativa de vida mais baixa entre esses povos e o índice de desemprego. Esses e outros aspectos levaram o Canadá a separar grupos demográficos que devem ser atendidos, observando a violência familiar, desemprego, alcoolismo, dificuldade de aprendizado entre crianças indígenas, etc. O Vice-Ministro falou também sobre o grande número de parcerias que o Estado Canadense firma com empresas privadas, o que é contribuí bastante para o bom andamento da política indigenista canadense.

As notícias aqui publicadas são pesquisadas diariamente em diferentes fontes e transcritas tal qual apresentadas em seu canal de origem. O Instituto Socioambiental não se responsabiliza pelas opiniões ou erros publicados nestes textos. Caso você encontre alguma inconsistência nas notícias, por favor, entre em contato diretamente com a fonte.