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Operação em Juína apreende 20 mil metros cúbicos de madeira

Diário de Cuiabá-Cuiabá-MT
03 de Jul de 2002

Cerca de 20 mil metros cúbicos de madeira ilegal foram apreendidos no município de Juína (737 Km de Cuiabá, na fronteira com Rondônia) em uma operação conjunta entre Polícia Federal e Ibama, sob a coordenação dos ministérios públicos Federal e Estadual.

O volume apreendido corresponde a 500 carretas carregadas e, segundo o gerente Executivo do Ibama em Juína, Ramiro Juliano da Silva, é resultado de 60 dias de investigações. Metade da madeira foi encontrada ainda em tora e o restante beneficiada. A multa para cada metro cúbico é de R$ 500. Até ontem 20 das 46 madeireiras do município haviam sido visitadas pelos fiscais.

Além da apreensão, uma pessoa, identificada como Vanderlei Mineiro, está presa na Delegacia de Juína, à disposição da Justiça Federal pela retirada de madeira na área indígena dos Cinta-Largas.

A fiscalização da madeira extraída na região foi intensificada no final de abril com a instalação de uma gerência do Ibama. Pouco antes, um ajustamento de conduta entre madeireiros que faziam extração irregular e Ibama foi desaconselhado pelos ministérios públicos, que recomendaram a apreensão da madeira e a aplicação de multa aos infratores, sob pena dos funcionários do órgão serem processados por improbidade administrativa.

"Estamos dando oportunidade para que as pessoas que trabalham neste setor regularizem sua situação, mas iremos atrás do que está irregular", garantiu ontem o gerente executivo em Juína.

Segundo ele, nos últimos 60 dias foram entregues no órgão os primeiros 10 planos de manejo. "Não queremos parar o município, apenas que eles trabalhem dentro da lei", disse em uma referência ao setor madeireiro, que movimenta 50% da economia de Juína.

Representantes do Sindicato dos Madeireiros de Juína foram procurados durante toda a tarde de ontem para falar sobre as apreensões, mas ninguém quis se manifestar.

Na empresa da presidente do sindicato, identificada como Liana, a informação era que ela estava muito ocupada e que não poderia falar com a imprensa.

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