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ONU faz alerta para a venda ilegal de madeira

OESP, Vida, p. A17
15 de Jul de 2008

ONU faz alerta para a venda ilegal de madeira

Jamil Chade

A ONU aperta o cerco contra a exportação ilegal de madeira da Amazônia e aponta que a moratória imposta pelo Ibama não está funcionando. A Convenção sobre o Comércio de Espécies Ameaçadas (Cites, na sigla em inglês ) vai propor um debate sobre a exportação de mogno da região. "Ninguém sabe exatamente hoje quanto é exportado nem se as vendas saem de áreas certificadas", disse o porta-voz do grupo, Juan Carlos Vazques.

O principal foco da reunião que começou ontem é a exportação de mogno do Peru. Mas a situação é preocupante em toda a região. Segundo a entidade, a moratória imposta pelo Brasil na exportação da madeira está sendo violada graças a autorizações da Justiça. Problemas registrados em outros países da região apontam que o sistema não estaria funcionando.

"O atual sistema de verificação da origem da madeira é insuficiente", afirmou a entidade em comunicado divulgado ontem em Genebra. Outro problema é o tráfico de madeira nas fronteiras da região. O Cites recebeu indicações de que haveria um esquema levando o mogno do Brasil ao Peru e, de lá, aos principais mercados mundiais como se fosse madeira peruana. "Desde que a moratória foi imposta no Brasil, vemos que empresas do setor se mudaram para o Peru, afetando até mesmo tribos indígenas", contou o porta-voz.

A ONU sugere o congelamento das exportações de mogno do Peru para evitar o desmatamento das terras do país pelas empresas que antes estavam no Brasil e também para atacar o contrabando nas fronteiras do Amazonas. Cada metro cúbico de mogno está avaliado em mais de US$ 1,8 mil no mercado internacional.

OESP, 15/07/2008, Vida, p. A17

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