Oficina vai discutir regionalização da merenda escolar indígena

Representantes da Secretaria Extraordinária dos Povos Indígenas e Secretaria de Estado de Educação irão realizar uma oficina nos próximos dias 19 e 20 para definir as formas de implantação do projeto de regionalização da merenda escolar indígena. O projeto já vem sendo discutido há cerca de três anos e sua concretização vai atender aos anseios das próprias comunidades que querem a valorização de seus produtos.

A data em que o projeto vai passar a vigorar, assim como outros critérios, vão ser definidos a partir dessa oficina que também contará com a participação da Comissão Pró-Índio (CPI), Organização dos Professores Indígenas do Acre (OPIAC) e Associação do Movimento dos Agentes Agroflorestais Indígenas do Acre (AMAIAC). Segundo o representante da Secretaria Extraordinária dos Povos Indígenas, Francisco Pianta trata-se de um grande projeto que o governo do Estado vai levar para as comunidades, beneficiando a todos os que atuam na área, incluindo agentes, alunos e professores.

"A idéia é criar meios para que a merenda escolar indígena seja produzida nas próprias aldeias, valorizando a produção nessas áreas, fortalecendo a mão de obra e dispensando assim, o trabalho do envio desse tipo de alimentação a essas localidades, que muitas vezes acaba esbarrando na dificuldade de acesso", explicou Pianta. Ele acrescentou ainda, que a efetivação do projeto vai melhorar a qualidade da alimentação dos alunos, além de propiciar uma nova alternativa financeira para esses povos, que terão a venda garantida de sua produção. De acordo com o secretário, esse pode significar o primeiro passo para um benefício ainda maior, que é estender o cardápio para as demais escolas da capital e interior. A oficina será realizada nos dias 19 e 20 de fevereiro na sede da Secretaria Extraordinária dos Povos Indígenas, no centro da cidade.