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O canto dos guerreiros

Greenpeace- http://www.greenpeace.org
22 de Jun de 2016

Eram cinco e meia da manhã na aldeia Sawré Muybu. A lua cheia e as poucas estrelas que teimavam em se demorar no céu iluminavam o local quando começamos a ouvir um canto suave de vozes masculinas vindo do barracão onde funciona a escola da aldeia.

As vozes foram aumentando de intensidade e se transformando num canto vigoroso, acompanhado de pisadas fortes que ajudavam a marcar o ritmo. Eram os jovens guerreiros Munduruku que comemoravam a instalação de 10 placas que sinalizam os limites de seu território. O trabalho está sendo feito com a ajuda de voluntários do Greenpeace.

Até meados de julho, outras 40 serão instaladas. A Terra Indígena Sawré Muybu ocupa uma área de aproximadamente 178 mil quilômetros quadrados no município de Itaituba, no Estado do Pará. Chegar até seus limites é um trabalho duro, que muitas vezes inclui longas caminhadas por dentro da mata, viagens de barco, subir em árvores altas, atravessar igarapés com lama até a cintura, entre outros desafios. "A gente faz essa dança e esse canto para dar disposição para o dia. O objetivo é trazer alegria", conta Emerson Saw Munduruku, guerreiro e professor.

A colocação das placas faz parte de uma série de outras atividades importantes para a luta contra a construção de hidrelétricas no Tapajós que os ativistas do Greenpeace estão desenvolvendo com os Munduruku.

Se construída, a hidrelétrica de São Luiz do Tapajós alagará cerca de 400 quilômetros quadrados de floresta e diversos lugares importantes - como lagoas, pedrais, ilhas e corredeiras - para a sobrevivência dos Munduruku e de outras populações tradicionais que habitam o vale do rio Tapajós.

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