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Não é passando fome que os índios vão preservar sua cultura, diz Medeiros

O Bom da notícia http://obomdanoticia.com.br
14 de Fev de 2019

O ex-senador e deputado federal eleito neste último pleito pelo Podemos, José Medeiros, ao assegurar a vinda dos ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Tereza Cristina e do Meio Ambiente, Ricardo Salles, no 1o Encontro Nacional de Grupo de Agricultores Indígenas, na Aldeia Matsene Kalore, em Campo Novo do Parecis (396 km distante de Cuiabá), pode ter aberto um importante canal de negociação entre a etnia e o governo federal. E assegurar uma mudança na legislação para que os agricultores indígenas possam produzir em larga escala em suas terras.

Estiveram na abertura do encontro o governador de Mato Grosso, Mauro Mendes, a primeira-dama,Virginia Mendes, o secretário de Assuntos Fundiários, Luiz Antônio Nabhan Garcia, deputados estaduais e representantes da Aprosoja Brasil.

De acordo com o parlamentar do Podemos, é possível produzir para gerar renda ao mesmo tempo em que se preserva a cultura e as tradições indígenas. 'Isso já vem sendo feito pelos índios da etnia Parecis. Eles se organizaram por meio da Cooperativa Agropecuária dos Povos Indígenas e conseguiram tirar da miserabilidade milhares de índios que foram esquecidos pelo estado'.

O deputado José Medeiros também voltou a criticar os interesses econômicos e ideológicos de alguns órgãos federais. "Não é passando fome que os índios vão perpetuar a sua cultura. Tem muita gente em Brasília que não está preocupada na preservação da cultura indígena. Querem que os indígenas continuem manietados e sejam usados de pano de fundo para malandro ganhar dinheiro. A realidade é que utilizam discursos safados para receber borbotões de dinheiro. A nova diretoria da Funai em Brasília precisa desinfetar o que ocorre dentro do órgão há anos. Ressalto a posição dos abnegados da Funai de Mato Grosso, que lutaram para viabilizar o projeto de produção dos índios Parecis", disparou o parlamentar.

Para a ministra Tereza Cristina a vontade dos índios é soberana e o estado precisa respeitar isso. "A lei pode ser mudada. As coisas evoluem, as coisas mudam, a vontade de vocês é soberana. Isso está na normativa da OIT (Organização Internacional do Trabalho). Os índios têm de decidir o que querem fazer e o poder público precisa respeitar e apoiar", frisou a ministra.

O líder indígena Ronaldo Zokezomaiake entregou uma carta de reivindicações às autoridades pedindo uma linha específica de crédito para que possam adquirir insumos e maquinário, além de mudanças na lei que impede a comercialização do que é produzido nas terras da União, entre outras demandas.

A produção agrícola dos indígenas foi autorizada por meio de um Termo de Ajustamento de Conduta firmando junto ao Ministério Público Federal (MPF) e do Poder Judiciário. Em Mato Grosso, 18 mil hectares de grãos foram plantados pelos índios na safra de 2018/2019. Os parecis ou paresí (autodenominados Halíti ou Arití ) plantam soja, milho e feijão.

Também participaram do encontro o governador de Mato Grosso, Mauro Mendes, a primeira-dama,Virginia Mendes, o secretário de Assuntos Fundiários, Luiz Antônio Nabhan Garcia, deputados estaduais e representantes da Aprosoja Brasil.

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