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Ministro visita AM e promete R$ 5 milhoes contra a seca

OESP, Nacional, p.A9
14 de Out de 2005

Ministro visita AM e promete R$ 5 milhões contra a seca
Fortes diz que levará reivindicações ao presidente em exercício; a partir de amanhã, governo do Estado entrega água e mantimentos
O ministro das Cidades, Márcio Fortes anunciou ontem que 'serão liberados R$ 5 milhões' e 'está a caminho' um lote com hipoclorito de sódio (cloro).
Mas não deu detalhes da data em que chegaria a ajuda prometida pelo governo federal no início da semana, em Brasília, incluindo o pagamento do combustível a ser utilizado pelos aviões e helicópteros das Forças Armadas na região castigada pela seca.
Depois de ouvir reivindicações no Amazonas, disse que iria levá-las 'ao presidente em exercício José Alencar'. 'Fizemos um sobrevôo por alguns municípios e a seca nos rios é visível', disse.
A partir de amanhã, dois municípios em estado de calamidade pública devem receber a primeira ajuda do governo do Estado. Anamã, a 168 quilômetros de Manaus, e Manaquiri, a 65, devem receber respectivamente 600 cestas básicas e 2 mil litros de água potável. A assessoria do governo do Estado afirmou, ainda, que serão liberados pelo menos R$ 10 milhões para ajudar os 21 municípios que mais sofrem com a estiagem.
Segunda-feira, o governador Eduardo Braga (PMDB) decretou estado de calamidade pública na malha hidroviária que serve os 62 municípios do Estado. Ontem, o governador fez sobrevôo sobre três municípios com o ministro das Cidades. Segundo Fortes, estão atuando em 'equipe de emergência' do governo federal, em Brasília, membros dos ministérios das Cidades, Saúde e da Defesa, para buscar 'meios para ajudar no socorro às populações ribeirinhas'.
Pará
A falta de chuvas já prejudica a navegação nos rios da região oeste do Pará, entre eles o Amazonas e o Tapajós. Em locais mais secos do Rio Arapiuns, afluente do Tapajós, os peixes estão morrendo por falta de água. A pesca no Lago do Maicá, no Rio Amazonas, está proibida desde a semana passada.
Em frente à cidade de Santarém, um navio cargueiro encalhou num banco de areia por causa da pouca profundidade do Tapajós. O acidente ocorreu onde o Tapajós deságua no Amazonas, o maior rio do mundo em volu me d´água.
A Capitania dos Portos informou que o navio desencalhou no final da manhã de ontem, seguindo rumo à Europa. De acordo com a Companhia Docas do Pará em Santarém, o nível do Tapajós atinge 2,10 metros, 2 metros mais seco que no mesmo período de 2004.
Os pescadores de Santarém disseram ao Estado que nunca tinham visto o Tapajós e Amazonas tão secos como agora. 'Tenho 57 anos e não me lembro de ter presenciado uma coisa dessas nem quando era criança', comentou o pescador José Wilson de Jesus.
Para ele, 'o homem anda fazendo coisas muito erradas com a natureza e ela está se vingando.'? Colaborou: Carlos Mendes, especial para o Estado
OESP, 14/10/2005 – p. A9

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