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Miguel Sena quer exército na Reserva Roosevelt

Rondonoticias
05 de Nov de 2007

Após o exibicionismo do aparato bélico em uma ação civil não resta dúvida que a 17ª Brigada de Infantaria de Selva encontra-se em condições de colaborar no gravíssimo problema envolvendo a reserva indígena Roosevelt.

A declaração é do segundo vice-presidente da Assembléia Legislativa de Rondônia, deputado Miguel Sena, ao observar que numa ação conjunta do Exército, Polícia Federal e o apoio das unidades policiais do Estado, pode de forma efetiva garantir tranqüilidade na região, com o fim da bandidagem e o registro lamentável de chacinas de garimpeiros ou índios.

O deputado Miguel Sena lamentou que após meses da denúncia do governador Ivo Cassol sobre o conflito permanente existente na reserva indígena e a possibilidade de novas chacinas, ainda hoje a Polícia Federal está pensando se deve ou não, desencadear uma ação para prender os garimpeiros que atuam ilegalmente na reserva indígena em Rondônia, conforme recentes posicionamentos da Coordenação de Operações Especiais de Fronteira da Polícia Federal.

No entendimento de Miguel Sena é notório que o contingente da Polícia Federal é insuficiente. "Neste sentido, o Exército pode dar uma contribuição positiva, deslocando contingentes de militares para a região no sentido de guarnecer o local, impedindo o acesso de garimpeiros e combatendo também o tráfico de diamantes", observou. A vantagem é enorme, complementou, uma vez que estes militares possuem treinamento em selva e podem desencadear ações sob qualquer condição.

Continuando, declarou o parlamentar que enquanto a Brigada mantém soldados vigiando uma área em pleno centro urbano, numa guerra imaginária, milhares de brasileiros esperam o apoio efetivo do Exército em ações concretas, como na vigilância das fronteiras combatendo o tráfico ou numa situação especial como no caso da reserva indígena Roosevelt.

Ele defendeu a imediata invasão da reserva por forças policiais, para a retirada de garimpeiros, evitando assim que o cenário triste de 7 de abril de 2004, quando 29 garimpeiros foram assassinados por índios Cinta Larga. A disputa entre indígenas e garimpeiros começou há oito anos, quando foi descoberta na região uma das maiores jazidas de diamante do mundo, com capacidade de renda de R$ 500 milhões por ano. A Constituição proíbe o garimpo em terras indígenas. A reserva Roosevelt ocupa uma área de 2,7 milhões de hectares e é localizada entre o sudeste de Rondônia e o noroeste do Mato Grosso. Na região vivem 1,3 mil indígenas da etnia Cinta Larga.

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