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24 de Mar de 2010
Rio de Janeiro, 24 mar (Prensa Latina) Apesar da migração indígena para as cidades ser um fenômeno recente no Brasil, o presidente da Fundação Nacional do Índio (FUNAI), Marcio Augusto Meira, alertou sobre o crescente número de aborígenes nas cidades do país.
"A maior parte da população indígena ainda vive (...) em seus territórios tradicionais. Mas, as cidades brasileiras estão cada vez mais recebendo povos indígenas", apontou Meira durante um seminário sobre o tema no quinto Fórum Urbano Mundial, com sede nesta cidade-balneário.
Os aborígenes tentam os centros urbanos para estudar ou ter acesso a direitos que só as cidades oferecem, assinalou o presidente da FUNAI, segundo uma notícia da estatal Agência Brasil.
Por sua vez, o membro da Agência da Organização das Nações Unidas para o Habitat (ONU-Habitat) Christiple Lalande sustentou que o principal desafio para esses indígenas radica no direito à residência.
Aborígenes acabam deixando suas áreas ancestrais e migram par as cidades por fatores como invasão de suas terras, guerras ou em busca de melhores oportunidades -referiu-, mas ao chegar nos novos territórios encontram dificuldades para se fixar e terminam vivendo em favelas (conjunto de construções precárias e muito pobres).
Nesses lugares precários e sem segurança, advertiu Lalande, boa parte deles ficam a mercê dos bandidos e do tráfico de pessoas com fins sexuais.
Daí que uma das conclusões do seminário sobre Povos indígenas nas cidades seja a necessidade de lhes garantir o direito a residência nas cidades e a escolher o tipo de moradia em que queiram viver.
Nesse sentido, o presidente da FUNAI destacou os avanços do Brasil nas políticas destinadas a lidar com tal fenômeno, que embora recente no país, é cada dia mais se perceptível.
Cerca de 15 mil delegados participam dos debates do quinto Fórum Urbano Mundial, que começou na segunda-feira passada e concluirá na nessa sexta-feira.
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