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"Memória dos Movimentos Sociais" traz a Luta Indígena ao centro dos debates

SECULT- Secretaria de Cultura da Bahia
11 de Abr de 2008

Em abril, o Ciclo de Conferências "Memória dos Movimentos Sociais da Bahia" resgata a trajetória daqueles que primeiro habitaram o solo brasileiro: o Povo Indígena. Na última quinta-feira deste mês, dia 24, a Biblioteca Pública do Estado (Barris) receberá pesquisadores, estudiosos e representantes de comunidades indígenas para a Conferência "Movimento de Luta pelos Povos Indígenas na Bahia", que terá a participação do coordenador de Políticas para os Povos Indígenas da Secretaria de Justiça, Cidadania e Direitos Humanos (SJCDH), o pataxó Jerry Matalawê, o presidente do Conselho de Lideranças e Instituições Indígenas Pataxós de Coroa Vermelha, Cacique Aruã e a especialista em Etnologia Indígena e coordenadora do Programa de Pesquisas sobre Povos Indígenas do Nordeste Brasileiro (PINEB), Profa. Drª. Maria do Rosário de Carvalho. A Conferência é aberta ao público e terá início às 17h.

Em março, tematizando a Luta das Mulheres, a Fundação Pedro Calmon, através da Diretoria de Arquivos (Diarq), deu início ao Ciclo de Conferências Memória dos Movimentos Sociais da Bahia, resgatando as conquistas dos Movimentos Sociais no Estado e suas implicações no processo de construção e consolidação da democracia no Brasil. Em lembrança ao Dia Nacional do Índio, comemorado em 19 de abril, a Diarq traz para o centro dos debates a história de um dos principais povos que construíram o Brasil. "Com a chegada dos portugueses, em 1500, deu-se início a uma história de transformações e perdas para os povos indígenas que aqui habitavam e habitam até hoje, lutando a cada dia contra uma realidade de exploração econômica em suas já escassas terras. Neste Encontro, pretendemos contar um pouco desta luta e compartilhar com o público as diversas realidades às quais estão submetidos os indígenas na Bahia e suas conquistas até hoje", pontua a historiadora e diretora de Arquivos da FPC, Profa. Drª. Wlamyra Albuquerque, que mediará o debate.

Para o presidente do Conselho de Lideranças e Instituições Indígenas Pataxós de Coroa Vermelha, Cacique Aruã, o momento será de grande importância para a valorização da cultura indígena. "Vamos trazer para o debate a organização comunitária, instrumento da comunidade para a conquista de seu espaço, uma união concebida por lideranças e organizações indígenas", completou o Cacique.

A criação do Dia do Índio ocorreu durante a realização do I Congresso Indigenista Interamericano no México, em 1940. Naquela ocasião, os indígenas foram convidados a participar, mas recusaram. Dias depois, convencidos da importância do Congresso na luta pela garantia de seus direitos, resolveram comparecer. A partir de então, essa data foi dedicada à celebração das populações indígenas.

Programação - O Ciclo de Conferências segue até o mês de novembro, com os seguintes debates: Movimento Negro na Bahia; Movimento de Trabalhadores na Bahia; Movimento de Luta Pela Terra na Bahia (MST); 40 anos do Movimento Estudantil; Movimento de Gay, Lésbicas, Travestis e Transgêneros na Bahia (GLBTT), Movimento Ambientalista na Bahia, Movimento Contra Intolerância Religiosa e o Movimento Comunitário dos Bairros Populares.

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