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Maior conflito envolve Aracruz

OESP, Nacional, p. A4
06 de Out de 2008

Maior conflito envolve Aracruz

Roldão Arruda

As reivindicações territoriais das comunidades quilombolas têm esbarrado em interesses privados e públicos. No caso do território da Comunidade de Povoado Tabacaria, em Alagoas, que acaba de ser reconhecido, o Incra teve que negociar uma parte da área com a Fundação Nacional do Índio (Funai), que alegava tratar-se de área indígena. No Rio, existe uma briga com a Marinha por causa da Restinga da Marambaia, reivindicada por comunidades que se apresentam como quilombolas. No Vale do Ribeira, no interior de São Paulo, ocorreram disputas por causa de áreas públicas de preservação ambiental.

Na área da iniciativa privada, um dos conflitos mais notáveis ocorre com a Aracruz Celulose. Líder mundial na produção de celulose branqueada de eucalipto, a empresa tem áreas de reflorestamento em Minas Gerais, Bahia, Rio Grande do Sul e Espírito Santo. É neste último Estado que os quilombolas vêm reivindicando uma área de plantio. Segundo Jô Brandão, articuladora política da Coordenação Nacional das Comunidades Quilombolas, localiza-se ali o conflito mais agudo do País: "Fala-se muito da Marambaia e de Alcântara, no Maranhão, mas o maior conflito está em Sapé do Norte, no interior do Espírito Santo".

O ministro interino da Secretaria da Igualdade Racial, Elói Ferreira de Araújo, considerou positivas as mudanças feitas pelo governo no processo de reconhecimento de terras: "Vão facilitar o andamento dos processos."

OESP, 06/10/2008, Nacional, p. A4

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