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Madeireiros reagem contra

Gazeta de Cuiabá-Cuiabá-MT
27 de Ago de 2002

Está proibida a liberação de ATPFs para manejo; presidente do Sindusmad critica a decisão

O presidente do Sindicato das Indústrias Madeireiras do Norte de Mato Grosso (Sindusmad), com sede em Sinop, Sidnei Bellincanta, fez, ontem, duras críticas ao Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e à Fundação Estadual de Meio Ambiente (Fema), pela decisão de proibir a liberação de Autorização de Transporte de Produtos Florestais (ATPF) de projetos de manejo para atender uma outra exigência burocrática que "trava o funcionamento das madeireiras". Bellincanta concedeu entrevista ao Só Notícias, reafirmando a disposição do setor de impedir, a partir de quinta-feira, o funcionamento de Ibama e Fema, protestando contra essa decisão.

SN -- Qual é a finalidade dessa mobilização?

Bellincanta -- É mostrar a real necessidade que o setor tem para resolver essa questão com maior urgência. Estamos explorando áreas com projetos de manejo florestal, como manda a legislação, e cumprindo todas as regras. De uma hora para outra, o Ibama descobre que houve algum erro na liberação e tranca o fornecimento das ATPFs. Se detectaram algum erro que eles cometeram, devem dar um prazo mínimo para que o setor consiga trabalhar.

SN -- Quanto tempo?

Bellincanta -- Estamos precisando de 90 dias, no mínimo,e já fizemos essa solicitação à direção do Ibama.

SN -- Qual foi a reação do Ibama?

Bellincanta -- Nosso pedido foi bem recebido pelos diretores. Mas estamos preocupados porque não surtiu nenhum efeito, até agora. Esperávamos que o caso fosse solucionado na semana passada e decidimos esperar até quarta-feira. Se não houver uma definição, vamos agir.

SN -- Que medidas serão tomadas?

Bellincanta -- Estamos deixando a precipitação de lado e agindo com cautela. Haverá uma reunião, na quarta-feira à noite, com os industriais madeireiros. Alguns deles estão nos pressionando para protestar no Ibama e Fema para impedir o funcionamento de ambos, bloqueando a entrada dos funcionários. Estamos propensos a tomar essa medida para tentar provocar uma solução rápida.

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