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INSS faz mutirão de atendimento a indígenas de Amambai

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16 de Mar de 2018

Servidores do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) da Agência de Amambai (MS), da Gerência-Executiva em Dourados (MS), realizaram nesta quinta-feira (15) um mutirão para atender as famílias indígenas da Aldeia Taquapery. O trabalho teve apoio da coordenação da Funai local e da Universidade Federal da Grande Dourados, que através de projeto busca demonstrar que todos podem ser atendidos indo diretamente ao órgão, sem a necessidade de intermediários. De acordo com o planejamento do projeto, o próximo mutirão será na Aldeia Amambai, uma das maiores da região no mês de maio. Hoje a agência tem uma frequência de quase 80% só com os indígenas das cidades de Coronel Sapucaia, Paranhos Sete Quedas e de Amambaí, com um público de aproximadamente 20 mil indígenas.

Durante todo dia, os servidores orientaram sobre os benefício de salário-maternidade, pensão por morte e aposentadoria por idade, que são os três grandes benefícios previdenciários que têm direito. E o salário-maternidade foi o que mais teve a concessão. Segundo a gerente da APS, Aparecida Lopes, já havido tido um contato anteriormente sobre os documentos necessários e as índias tiveram os benefícios concedidos. "Nesta ação agora restavam apenas apresentar os documentos originais da Certidão de Nascimento para conferência e a assinatura do requerimento e da carta de concessão" comentou. As seguradas irão receber os quatro meses que tem direito no valor de um salário mínimo por mês.

A jovem Thiega Vasques Benites, de 17 anos, esteve com o bebê de dois meses e foi em busca do benefício. Ela conta que o valor será necessário para compras de remédios e leite para a menina recém-chegada. "Como ainda não havia procurado o INSS, essa vinda aqui vai antecipar e posso receber mais cedo. Minha mãe falou que precisava ir até na cidade para verificar", comentou. Rosângela Rodrigues também chegou cedo para buscar o direito. Ela conta que tinha o conhecimento do benefício que foi recebido por outras mulheres da aldeia, mas imaginava que seria muito difícil. "Eu nem acreditei quando a servidora falou que já no próximo mês vou poder receber o primeiro pagamento. Vou comprar muita comida para minha filha", comentou.

E é exatamente esse um dos problemas da comunidade indígena: falta de conhecimento do direito junto aos órgãos. Por isso um líderes da aldeia, Jonas Batista, achou muito importante essa aproximação da Previdência Social com a liderança e com os próprios patrícios. "Nós ficamos muito distante da cidade e por isso dificulta o entendimento da real situação previdenciária para nos. Agora não, esse projeto vai esclarecer e nos atender os nossos direitos e por isso agradecemos esses servidores", aponta.

Para o coordenador da Funai da Região, Jorge Pereira, o índio é exclusivamente oriundos da terra, portanto trabalhador rural, e isso lhes dá o direito de ser segurado especial e tem garantido os benefícios propostos. O projeto entre Funai, INSS e UFGD busca atender as carências de informações e de condições de deslocamentos para uma das agências.

No trabalho de planejamento feito pela Funai, INSS e UFD a próxima ação deverá ser na Aldeia Amambai, considerada a maior da região. A data será definida com a reunião entre as lideranças nos próximos dias.

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