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Índios radicalizam movimento e impedem acesso de servidores à Funai

Alagoas 24 Horas - http://www.alagoas24horas.com.br/
27 de Out de 2011

Depois de saberem do posicionamento do superintendente da Fundação Nacional do Índio (FUNAI), Frederico Campos, que declarou que o órgão não reconhece os ocupantes como índios, os Xukuru-Kariri e Karapotó-Guariri resolveram impedir completamente o funcionamento dos serviços no prédio.

Hoje pela manhã, os funcionários da Fundação se depararam com os índios indignados, munidos de arco e flecha, burnuma e tacape em frente ao portão, bloqueando a entrada. Os servidores ficaram sentados na calçada da Rua da Praia.

Em abril do corrente ano, o presidente da FUNAI, Márcio Meira, esteve em Maceió e comprometeu-se em mediar o conflito interno na tribo Karapotó, reconhecendo os índios. A informação foi divulgada em sites de notícias. O que prova que a declaração de Frederico Campos é completamente infundada. O caso da aldeia Monte Alegre, da etnia Xukuru-Kariri, não é recente e está diretamente ligada ao combate à corrupção. Há cerca de quatro anos a terra - que estava sob domínio do vereador palmeirense Denisval Basílio, o criminoso Val Basílio, indiciado na Operação Carranca e preso - foi retomada pelos índios. Resta apenas o parecer do Tribunal Regional Federal (TRF) para garantir a posse definitiva da propriedade.

Tais informações não são novidades para os gestores públicos, o que parece faltar é vontade política para resolver a problemática e amenizar a injustiça histórica cometida contra as comunidades indígenas alagoanas.

Os índios agora contam com apoio de sindicatos, a exemplo do Sindicato dos Servidores da Justiça Federal no Estado de Alagoas (SINDJUS), o qual tem sua categoria em greve. O movimento pretende fazer uma parceria em atividades de reivindicação.

Eles estão realizando um Ato Público, que passou pelo Palácio do Governo e seguiu para a Assembléia Legislativa de Alagoas. Em seguida, retornarão à FUNAI.

Segundo o Cacique Chiquinho, mais índios estão chegando de Palmeira dos Índios e São Sebastião. "A situação está precária aqui. O pessoal está dormindo no chão, tem crianças e idosos, e ainda vai chegar mais gente", disse.

http://www.alagoas24horas.com.br/conteudo/?vCod=113523

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