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Índios pedem ajuda para curso superior

A Gazeta-Vitória-Espirito Santo
19 de Jul de 2002

Os índios tupiniquim e guarani das aldeias de Aracruz encaminharam ontem, à Aracruz Celulose, um documento solicitando que a empresa assuma os custos necessários para garantir a permanência de 31 alunos indígenas em cursos particulares de nível superior.
A iniciativa foi definida durante uma reunião realizada na noite de quarta- feira, na aldeia de Pau Brasil. Desde a semana passada, quando a Fundação Nacional do Índio (Funai) anunciou a suspensão dos recursos que mantinha os alunos nas escolas, um clima de apreensão tomou conta das comunidades.
Sobretudo porque a decisão, souberam, teria sido adotada em caráter irrevogável.
O diretor de Meio Ambiente e Relações Corporativas da Aracruz Celulose, Carlos Alberto Roxo, disse que só irá comentar o assunto após avaliar a proposta dos índios. De acordo com o vice- presidente da Associação Indígena Tupiniquim e Guarani, Lauro Martins, foi recomendado que a empresa anuncie sua posição até o dia 26, tempo hábil, conforme ele, para que os alunos não sejam prejudicados no processo de rematrícula.
Os índios também não revelaram detalhes da solicitação. Mas Lauro adiantou que o problema foi incluído em um pacote de 11 reivindicações, no qual está sendo proposta a renegociacão do acordo financeiro feito com a empresa em 1998 e que se esgota em 2018.
O total de recursos solicitados para manter os alunos indígenas em escolas particulares de nível superior, disse ontem Lauro, gira em torno de R$ 80 mil mensais.

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