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Autor: Marielise Ferreira
02 de Jul de 2010
Um mês após o assalto a uma agência bancária de Gramado dos Loureiros, que resultou em quatros mortes e seis presos, a Polícia Civil indiciou sete pessoas. Um índio caingangue foi apontado com o mentor do ataque. Um suspeito permanece foragido.
Segundo a delegada Cinara Stormovski Freitas, Nilso Inácio seria o líder do bando.
- Ele planejou, articulou todos os detalhes, executou e comandou todos os atos.
Conforme a delegada, os índios teriam contratado os outros integrantes da quadrilha que se deslocaram da Região Metropolitana para cometer o crime.
A quebra de sigilo telefônico foi importante para a polícia. Conforme a delegada, houve ligações diárias de Inácio aos outros suspeitos, combinando detalhes e orientando até sobre o caminho para chegar à Reserva Indígena de Nonoai. Na reserva, os bandidos teriam ficado na casa do índio, mesmo local em que teriam sido guardadas armas, coletes à prova de bala e rádios usados no assalto.
O inquérito foi entregue ontem à Justiça de Nonoai. Cinara ainda investiga a participação de outras pessoas no caso.
O caso assombrou Gramado dos Loureiros, que viveu nove dias de terror com o cerco aos bandidos. O envolvimento de indígenas no caso abalou a comunidade. Um dos presos, Marcos Nascimento, é filho do cacique da reserva indígena
No assalto ao Banrisul, no dia 2 de junho, foram mortos a tiros o operador de máquinas Valdecir Alves Batista e o ex-prefeito de Gramados dos Loureiros Alivino Machado. No dia 5, João Carlos Pereira Ramos foi morto em confronto com policiais. No dia seguinte, um acidente na perseguição de um suspeito provocou a morte do PM Juliano Gubert.
marielise.ferreira@zerohora.com.br
MARIELISE FERREIRA
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