VOLTAR

Indígenas prometem parar BR 470.

TV Imagem Net - http://tvimagemnet.com.br
Autor: Helena Marquardt
20 de Mai de 2014

Uma reunião de ânimos acalorados tentou por fim aos protestos de indígenas da Terra Lakãnõ que está situada nas cidades de José Boiteux e Vitor Meireles. No entanto, sem uma solução imediata para as reivindicações que vão desde reformas, segurança, melhoria das estradas até merenda, os pais dos estudantes da Escola de Educação Básica Laklãnõ decidiram manter seus filhos em casa e cogitaram inclusive parar a BR-470.

O encontro, para tentar resolver os conflitos, que durou quase quatro horas e aconteceu na própria escola, contou com a participação de aproximadamente 100 pais de alunos, representantes da 14ª SDR entre eles o secretário regional Roberto Ferrari, representantes dos caciques, Ministério Público Federal, Secretaria Especial dos Povos Indígenas (Sepin), Funai, prefeito de José Boiteux e outras entidades, mas não acalmou os indígenas que na semana passada chegaram a trancar a estrada de acesso a reserva, na Barragem Norte.

Segundo o diretor da escola, Aristides Fautisno Cricri Neto, ele tentou evitar que a situação chegasse nesse ponto, mas como os próprios alunos estavam sendo prejudicados, os pais encabeçaram a manifestação. "A estrutura física está péssima, o ginásio de esportes não pode ser utilizado, falta merenda. Até material escolar como caneta e lápis as crianças não tem acesso", contou.

Após muito bate boca, cobranças e até insultos, os pais se negaram a mandar os quase 400 estudantes novamente para a escola, enquanto providências concretas não forem tomadas. Um deles afirmou inclusive que prefere ser preso por não deixar o filho estudar do que ter que
buscá-lo num caixão caso uma tragédia aconteça.

O presidente da Sepin, que é um indígena da terra Laklãnõ, Livai Patté, afirmou que este não é apenas o final e sim o começo das manifestações.

http://tvimagemnet.com.br/noticias/indigenas-prometem-parar-br-470/

As notícias aqui publicadas são pesquisadas diariamente em diferentes fontes e transcritas tal qual apresentadas em seu canal de origem. O Instituto Socioambiental não se responsabiliza pelas opiniões ou erros publicados nestes textos. Caso você encontre alguma inconsistência nas notícias, por favor, entre em contato diretamente com a fonte.