VOLTAR

Indígenas de 9 etnias reivindicam políticas de educação no Alto Solimões

Radiobrás-Brasília-DF
Autor: Thaís Brianezi
29 de Jun de 2005

Desde segunda-feira, 170 indígenas de nove etnias (Tikuna, Marubo, Matis, Mayoruna, Kanamari, Kulina, Kaixana, Kokama e Kambeba), prefeitos e secretários de Educação dos sete municípios da região do Alto Solimões discutem políticas para a educação indígena na região.

A gerente de Educação Escolar Indígena da Secretaria Estadual de Educação (Seduc) do Amazonas, Arlene Bonfim, afirma que as lideranças reivindicaram durante o encontro construção de mais escolas, formação de professores, regularidade no fornecimento de merenda escolar, criação de bibliotecas e compra de equipamentos didáticos para as escolas. Também reivindicaram a criação de Coordenações de Educação Escolar Indígena em âmbito municipal e participação de representantes indígenas nos Conselhos Municipais de Educação.

O Alto Solimões faz fronteira com o Peru e a Colômbia e possui sete municípios: Amaturá, Atalaia do Norte, Benjamin Constant, Santo Antônio do Içá, São Paulo de Olivença, Tabatinga e Tonantins. A região possui 117 professores indígenas e foram matriculados no começo deste ano letivo, na rede pública e particular de ensino, 2.697 alunos indígenas, segundo dados da Gerência de Educação Escolar Indígena da Seduc. "Nossa dívida com a educação escolar indígena é enorme. O objetivo deste encontro é estabelecer um pacto federativo entre União, Estado e municípios, para atender às demandas apresentadas", disse Arlene.

Segundo ela, o Ministério da Educação, Fundação Nacional do Índio (Funai) e secretaria de Educação, prefeituras e organizações indígenas deverão assinar um termo de acordo que estabelecerá responsabilidades e prazos para o cumprimento dessas demandas.

Há uma ação na Justiça Federal, movida pelo Ministério Público Federal desde dezembro do ano passado, que obriga a Funai, o MEC e a secretaria de Educação a apresentar um diagnóstico conjunto da educação escolar indígena no estado. Os três órgãos precisam cumprir os compromissos firmados no Termo de Acordo celebrado em março de 2003.

As notícias aqui publicadas são pesquisadas diariamente em diferentes fontes e transcritas tal qual apresentadas em seu canal de origem. O Instituto Socioambiental não se responsabiliza pelas opiniões ou erros publicados nestes textos. Caso você encontre alguma inconsistência nas notícias, por favor, entre em contato diretamente com a fonte.