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Indígenas conquistam ouro no 7o Campeonato Brasileiro de Base no Tiro com Arco, no RJ

A Crítica- http://acritica.uol.com.br
18 de Out de 2014

Em uma performance histórica, jovens indígenas do Amazonas alcançaram medalhas de ouro, prata e bronze no 7o Campeonato Brasileiro Infantil, Cadete e Juvenil Outdoor, realizado entre os dias 08 e 12 de outubro no Centro Brasileiro de Tiro com Arco, em Maricá-RJ. Os competidores amazonenses trouxeram cinco medalhas para o estado, na primeira participação do Projeto Arquearia Indígena do Amazonas em competições oficiais nacionais.

O Amazonas foi representado pela Escola de Arquearia Floresta Flecha, criada pela Fundação Amazonas Sustentável (FAS), que é membro da Federação Amazonense de Tiro com Arco (Fatarco). O projeto participou com uma equipe de seis atletas, de um total de 115 competidores de várias partes do Brasil. Acompanharam a equipe o superintendente geral da FAS e idealizador do projeto, Virgílio Viana, a coordenadora da escola, Márcia Lot e o treinador da equipe, Roberval Fernando dos Santos. Em curto espaço de tempo de treinamento intensivo, os arqueiros do Amazonas voltaram com um rendimento espetacular.

Medalhas de ouro

Josiel da Silva Paulino (Iiseen, na etnia Baré, 17) conquistou a medalha de ouro com arco composto juvenil. Já, no arco recurvo infantil, Nelson Silva de Moraes (Inha Quira, em Kambeba, 14) garantiu o ouro com uma larga diferença de 23 pontos para o segundo colocado.

Medalhas de prata e bronze

Também da Escola Floresta Flecha, Larissa Feitosa, 19, levou a prata no arco recurvo juvenil feminino, e junto com Drean Braga da Silva (Iagoara, em Kambeba, 17), alcançou a medalha de bronze na categoria mista de arco recurvo juvenil. A jovem Graziela Paulino (Yaci, em Karapãna, 18) também alcançou uma medalha de bronze no arco recurvo juvenil feminino.

Para o idealizador do projeto, Virgílio Viana, a iniciativa não só traz resultados positivos para o Amazonas, como pode contribuir para a valorização da cultura indígena do Brasil. "Foi emocionante ver o resultado daquilo que parecia uma utopia não realizável se transformar em resultados tão expressivos e em tão curto espaço de tempo. Tenho certeza que o projeto de arquearia indígena ainda será motivo de muito orgulho para o Amazonas e contribuirá para a valorização da cultura indígena brasileira rumo à Olimpíada Rio 2016", enfatizou.

A treinadora Márcia Lot, que coordena a escola, enfatiza que "todo pódio é resultado de incansável treinamento e por isso, daqui pra frente, o ritmo dos treinos será intensificado para todos os jovens arqueiros indígenas". Já o técnico Roberval Fernando dos Santos, revela que "a expectativa é participar de mais competições de alto nível. O resultado foi muito bom, e mostra que o trabalho está sendo bem conduzido."

O projeto foi aprovado na Lei de Incentivo ao Esporte (Lei no 11.438/06), e conta com o patrocínio do Grupo Bemol e Fogás. Segundo o Diretor Financeiro do grupo, Denis Minev, o resultado é um primeiro passo, de outros a serem dados pela iniciativa. "Como amazônidas, ficamos muito orgulhosos da nossa equipe. Ela é fruto de um trabalho sério e de longo prazo e do esforço desses jovens campeões. Esse é um primeiro passo de uma longa caminhada. Esperamos apoiar mais grandes conquistas de nossos jovens", finaliza.

Próxima competição

A próxima competição da Escola Floresta Flecha será no 40o Campeonato Brasileiro Adulto de Tiro com Arco, que acontecerá no Sambódromo do Rio de Janeiro entre os dias 28 de outubro e 01 de novembro de 2014. A equipe será acompanhada pelo treinador Roberval dos Santos e pelo preparador físico Aníbal Forte.

O projeto

O projeto "Arqueria Indígena do Amazonas" tem o objetivo de contribuir para a popularização da arqueria e fortalecer a imagem e autoestima das populações indígenas da Amazônia. O projeto é uma iniciativa da Fundação Amazonas Sustentável (FAS), em parceria com a Federação Amazonense de Tiro com Arco (Fatarco) e apoio da Confederação das Organizações e Povos Indígenas do Amazonas (Coipam), da Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira (Coiab), e do Governo do Amazonas, por meio das Secretarias de Estado da Juventude, Desporto e Lazer do Amazonas (Sejel), e para os Povos Indígenas (Seind).

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