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Índia com prolapso de útero é tratada à base de creolina pela Dsei de São Gabriel da Cachoeira, no Amazonas

Fato Amazônico - www.fatoamazonico.com
02 de Fev de 2016

A imensa nação indígena e seus respectivos povos, espalhados ao longo do gigantesco território brasileiro, continua vítima da intolerância, do massacre discricionário, do desprezo e da falta de sensibilidade da sociedade dominante deste país.

Na região do Rio Negro, por exemplo, conforme denúncias levadas à XXX reunião da Federação dos Povos Indígenas do Rio Negro (Foirn), e encaminhada ao Fato Amazônico, que teve como tema "O calvário indígena no Rio Negro", o índio ainda morre de malária, pneumonia, tuberculose, gripe e de muitas doenças consideradas curáveis.

A 30ª reunião da FOIRN, aconteceu entre 19 a 21 de janeiro deste ano na Casa dos Saberes (Maloca), em São Gabriel da Cachoeira. O evento reuniu cerca de 80 lideranças indígenas de todo o Rio Negro.

Para os povos da região - Tukano Oriental, Aruak, Maku e Yanomami -, a saúde indígena no Rio Negro morreu levando junto com ela muitos indígenas que não resistiram à falta de assistência prometida pelo Governo Federa, através da Funai, é ignorada pelo Distrito Sanitário Especial Indígena do Rio Negro com sede em São Gabriel da Cachoeira.

Os exemplos da omissão e do descaso com a saúde indígena no Rio Negro, conforme documento assinado por 87 lideranças, são incontáveis e vão além da insuportável arrogância da senhora Ilma Lins de Souza, que dirige Distrito Sanitário Especial Indígena do Rio Negro (Dsei).

Para não ter a imagem chamuscada pela própria incompetência, Ilma Lins impediu que a indígena Sebastiana Batista Maia, de 82 anos de idade fosse levada para o hospital de São Gabriel da Cachoeira onde poderia receber assistência e tratamento dignos para o prolapso de útero, cuja miíase (afecção parasitária devida à infestação dos tecidos ou cavidades do corpo por larvas de insetos, esp. da mosca-varejeira), lhe consumia a saúde.

Resultado, Sebastiana Batista, residente na comunidade Santo Antonio das Palmeiras, foi tratada com creolina para remoção das larvas de seu útero.

Não é demais lembrar que creolina é um produto químico, de uso veterinário, altamente tóxico, que não deve entrar em contato com a pele e usado em seres humanos por orientação do fabricante.

Logo, para olhos da dirigente do Dsei, que deverá dar explicações para o Ministério Público sobre a denúncia "O calvário indígena no Rio Negro", índio e cavalo são uma coisa só.

Veja a Denúncia

http://www.fatoamazonico.com/site/noticia/india-com-prolapso-de-utero-e…

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