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01 de Jun de 2010
O número de queimadas registradas em Mato Grosso de janeiro até abril superou em mais de 120% o total detectado no mesmo período do ano passado. Os dados, divulgados pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), colocam a região Centro-Oeste na mesma situação detectada no Norte, em que os focos de incêndio têm aumentado de maneira mais significativa. O início deste ano em Mato Grosso registrou 3.677 focos de calor - no período de 2009 foram 1.665.
Segundo o relatório do Inpe, o aumento das queimadas neste ano pode ter como razão a mudança no clima em relação ao período passado - menos propício ao fogo.
"Por mais que o registro seja de número de focos de calor num mesmo período de 2009, as condições, hoje, são outras. Estamos no período de estiagem, em que a temperatura subiu este ano, assim como a umidade relativa do ar está cada vez mais baixa e, ainda, em 2009, houve uma melhor distribuição das chuvas, em detrimento deste ano, que ficaram concentradas nos primeiros meses", explicou o coordenador de Gestão do Fogo no Estado, major Márcio Paulo da Silva.
O que tem ocorrido em Mato Grosso, complementou o major, é um ressecamento da vegetação local devido à diminuição das chuvas. Consequentemente, a vegetação fica mais vulnerável a incêndios, ainda mais com a baixa umidade relativa do ar e as altas temperaturas no período.
INDÍGENA - Um ponto de destaque é a ocorrência de queimadas em terras indígenas. Boa parte dos focos está concentrada nesses locais, segundo constatação feita nas cidades cujos focos são mais numerosos. Para evitar este cenário, a estratégia do ano passado será mantida: equipes integradas de combate ao fogo atuando junto aos chefes das etnias indígenas. A Defesa Civil Estadual aposta na estratégia, que serviu para reduzir em 59% a ocorrência de queimadas em Mato Grosso ao longo do ano passado. (Com assessoria)
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