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Impacto ambiental da usina de Manso divide as opiniões

Diário de Cuiabá-Cuiabá-MT
02 de Out de 2002

O fechamento das comportas da hidrelétrica do rio Manso, afluente do Cuiabá, por Furnas e seus parceiros da iniciativa privada criou uma polêmica que parece não ter fim. De um lado, pescadores de Barão de Melgaço e seus aliados verdes sustentam que o controle da vazão da água alterou o ciclo das enchentes no Pantanal, o que estaria afetando o meio ambiente e comprometendo a atividade pesqueira. De outro, técnicos da estatal garantem que a barragem não criou problemas ao ecossistema pantaneiro.

Em Cuiabá, numa área de 77 hectares (ha) doada pelo Exército, a Fundação Estadual do Meio Ambiente (Fema) implantou o Parque Mãe Bonifácia com investimentos da Enron, dona da termelétrica local, como parte de compensação ambiental imposta por lei.

As áreas de proteção ambiental (APAs) são pontos vulneráveis e exigem permanente fiscalização.

A principal delas, a APA do Rio Cuiabá, com 473.410 ha em Rosário Oeste, Nova Brasilândia, Planalto da Serra e Nova Mutum, preserva as nascentes do rio que dá o nome à capital.

Outras áreas também são fiscalizadas, a exemplo da APA Estadual da Chapada dos Guimarães, APA do Pé da Serra Azul em Barra do Garças, Estação Ecológica (EE) Madeirinha, EE Rio Ronuro, EE Rio Roosevelt, Estrada-parque Cachoeira da Fumaça, Estrada Parque-Santo Antônio do Leverger-Porto de Fora e a Estrada-parque Transpantaneira.

O Parque Estadual do Cristalino, com 158 mil ha, na calha do rio Teles Pires, é ameaçado por fazendeiros. Recentemente um grande incêndio florestal nos municípios de Guarantã do Norte e Novo Mundo atingiu parte de suas matas.

O tráfico de animais silvestres é combatido com rigor pela Polícia Florestal e fiscais da Fema e Ibama.

Ainda assim, essa atividade criminosa permanece desafiando as autoridades em Mato Grosso.

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