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Greenpeace impede que navio atraque no Parana

O Pais, O Pais, p.8
04 de Mai de 2004

Greenpeace impede que navio atraque no ParanáFlávio FreireSÃO PAULO. Amarrados à corrente da âncora do navio Global Wind, ativistas brasileiros e argentinos do Greenpeace se revezam desde as 10h de ontem na tentativa de impedir que a embarcação, carregada com 30 mil toneladas de soja transgênica, atraque no Porto de Paranaguá, no Paraná. O cargueiro, que chegou ontem da Argentina e está fundeado fora do canal do porto, havia programado carregar hoje mais dez mil toneladas de soja natural no porto paranaense. Os ativistas, porém, tentam barrar a entrada da soja transgênica para que não seja misturada à natural colhida no estado. Um navio do Greenpeace, o Arctic Sunrise, auxilia o trabalho dos ativistas, que pretendem permanecer presos à corrente até que autoridades brasileiras proíbam definitivamente a entrada do produto transgênico no porto paranaense. Os ativistas usam correntes e cadeados e pretendiam continuar o revezamento durante toda a noite de ontem e madrugada de hoje. — Além de tentar impedir a contaminação da soja brasileira, queremos manter sua vantagem comercial, já que o país é o principal exportador de soja natural do mundo — disse Gabriela Vuolo, integrante da campanha de engenharia genética do Greenpeace. Os ativistas colocaram uma faixa na embarcação advertindo que a carga de soja é transgênica. Para eles, o governo federal deveria apoiar as iniciativas do Paraná para impedir que transgênicos entrem no estado. Paraná proíbe soja transgênica em seu território O Porto de Paranaguá, segundo o Greenpeace, é o único no Brasil a adotar medidas efetivas para controlar as cargas e manter as exportações de soja livres de contaminação transgênica. O estado do Paraná, segundo maior produtor de soja no Brasil, proibiu no fim do ano passado o cultivo, processamento, comercialização, transporte e exportação de soja geneticamente modificada em seu território e nos portos de Paranaguá e Antonina.

O Globo, 04/05/2004, p.8

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