VOLTAR

Greenpeace fura bloqueio

OESP, Internacional, p. A14
16 de Abr de 2010

Greenpeace fura bloqueio
ONG invade Itamaraty para desafiar o governo a assumir liderança de negociações climáticas

Rafael Moraes Moura

Dois automóveis com vidro fumê, alugados pelo Greenpeace, conseguiram furar o bloqueio de segurança montado nos arredores do Palácio do Itamaraty, em Brasília, durante a 2.ª Cúpula do Bric.
Os carros atravessaram a Esplanada dos Ministérios - que teve um trecho interditado -, passaram sem problemas por uma equipe de segurança que fazia vistoria prévia e chegaram à entrada principal do Itamaraty.
Assim que se abriram as portas, saíram quatro ativistas fantasiados - de árvores, placa solar e barril de petróleo. Eles foram levados a uma delegacia e liberados menos de uma hora depois.
"Viemos desafiar os líderes mundiais a assumir a liderança das negociações em torno de políticas climáticas. Este evento é uma ótima oportunidade para se discutir essas questões. O Brasil adota algumas posições positivas lá fora, no discurso, mas aqui dentro a coisa é meio esquizofrênica, às vezes", afirmou João Talocchi, coordenador da campanha de clima do Greenpeace no Brasil.
"Você vê uma meta de redução do desmatamento, mas o Congresso discute mudanças no Código Florestal. O País vê no pré-sal o seu desenvolvimento, em vez de investir em energia eólica e solar, para as quais temos um potencial gigantesco."
Nova bandeira. A entidade transmitiu ao vivo a manifestação em seu site. Um agente ouvido pelo Estado disse que o grupo falsificou uma credencial que permitia acesso ao Itamaraty sem passar pela equipe de segurança.
A assessoria de imprensa do Greenpeace alegou que não houve falsificação e sim a "criação de uma bandeira" fictícia, que não foi percebida pelos policiais.

OESP, 16/04/2010, Internacional, p. A14

http://www.estadao.com.br/estadaodehoje/20100416/not_imp539079,0.php

As notícias aqui publicadas são pesquisadas diariamente em diferentes fontes e transcritas tal qual apresentadas em seu canal de origem. O Instituto Socioambiental não se responsabiliza pelas opiniões ou erros publicados nestes textos. Caso você encontre alguma inconsistência nas notícias, por favor, entre em contato diretamente com a fonte.