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Governo reforça presença em fronteiras

OESP, Cidades, p. C3
13 de Ago de 2004

Governo reforça presença em fronteiras
Para experts, apoio à segurança urbana não afeta missão básica das Forças Armadas

Roberto Godoy

Para especialistas, o envolvimento das Forças Armadas em programas de apoio à segurança das grandes cidades e em ações sociais não prejudica as funções fundamentais do Exército, da Marinha e da Aeronáutica. A maior parte dos R$ 7,2 bilhões da parcela destinada a investimentos no orçamento do Ministério da Defesa para 2005 será aplicada no controle das fronteiras - da Amazônia principalmente - e no reequipamento geral.
Esse tipo de engajamento exige pouco da tropa, afirma José Cicotti, do Núcleo de Estratégia da Fundação Valadares, de Belo Horizonte. "A situação seria outra se as Forças Armadas tivessem ordens para cumprir missões armadas, de contato direto em zonas urbanas conflitadas", diz. "Esse cenário pode ser o dos morros e favelas do Rio."
O Comando Militar da Amazônia (CMA), que operava com pouco mais 10 mil homens no início dos anos 90, tem hoje de 25 mil a 27 mil soldados. Ao fim de 2005 serão cerca de 30 mil.
Há dez dias, o ministro José Viegas Filho instalou em São Gabriel da Cachoeira (AM) a Companhia de Comando da 2.ª Brigada de Infantaria Motorizada, transferida de Niterói. A área é coberta pelo Sistema de Proteção da Amazônia (Sipam) e nos seus 5,2 milhões de km2 - o equivalente à Europa ocidental. Alí estão sendo instaladas cinco bases do Exército, três da Aeronáutica e um novo Comando Naval, na ilha de São Vicente. As prioridades: evitar incursões das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) e reprimir o tráfico de armas e drogas.
No sul o esforço está concentrado na Tríplice Fronteira entre Brasil, Paraguai e Argentina, centro de articulação do contrabando de armas pesadas.
O lago de Itaipu é vigiado há um ano por um radar de alerta avançado. O contingente começou a ser expandido em julho, mas os dados são sigilosos.

OESP, 13/08/2004, Cidades, p.C3

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