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Governo não faz concessões e trabalha para cumprir legislação ambiental, diz Mourão

O Globo, Economia, p. 24
08 de Ago de 2020

Governo não faz concessões e trabalha para cumprir legislação ambiental, diz Mourão

Vice-presidente afirmou que meta é manter queimadas abaixo da média histórica

Washington Luiz

O vice-presidente Hamilton Mourão afirmou nesta sexta-feira que o governo não faz concessões para reduzir as críticas internacionais em relação à preservação ambiental da Amazônia. Segundo Mourão, o foco para reverter a imagem negativa do país no exterior é "fazer valer" a legislação ambiental.

- Não é uma questão de concessões. O governo tem que fazer valer a nossa legislação ambiental, que é uma legislação extremamente avançada. Eu acho que nenhum outro país do mundo tem uma legislação dessa natureza. Temos que fazer cumprir essa legislação - afirmou Mourão durante uma videoconferência organizada pela FSB para debater o assunto.

O vice-presidente, que também preside o Conselho Nacional da Amazônia, tem sido pressionado por investidores a apresentar planos e resultados concretos capazes de reduzir o desmatamento e as queimadas no bioma.

Para amenizar essas reclamações, Mourão defendeu também que o governo mostre aos empresários as peculiaridades de cada região da Amazônia.

- (Temos que) mostrar aos investidores, principalmente investidores internacionais, o que vem a ser a realidade da Amazônia. As pessoas têm que entender que a Amazônia não é um ambiente homogêneo.

Questionado sobre as queimadas, o vice-presidente reclamou da falta de recursos extraordinários para Operação Verde Brasil 2, mas disse que a intenção é manter os focos de fogo abaixo da média histórica.

- A nossa visão é, de neste período que se inicia agora em agosto até outubro, que é o grande momento das queimadas, nós mantermos as queimadas ilegais dentro dos valores abaixo da média histórica, que são aí em torno de 3 mil, 4 mil focos de calor por mês.

Em 30 de julho, a Amazônia registrou o dia recorde de focos de incêndio para o mês de julho dos últimos 15 anos. Foram 1.007 pontos de calor incluídos no sistema de monitoramento do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).

Dados do instituto também revelam que o desmatamento na floresta cresceu 33% entre agosto de 2019 e julho de 2020 em comparação com o mesmo período entre 2018 e 2019. Neste período, um total de 9.205 km² de floresta foi derrubada, um aumento expressivo em relação aos 6.844 km² registrados no período anterior.

O Globo, 08/08/2020, Economia, p. 24

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