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Governador diz que não vai fazer da seca 'picuinha política'

OESP, Metrópole, p. A12
18 de Abr de 2014

Governador diz que não vai fazer da seca 'picuinha política'
Geraldo Alckmin rebateu declarações da gestão Fernando Haddad de que há racionamento à noite na cidade de São Paulo
 
Laura Maia de Castro
 
O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), rebateu ontem a afirmação da gestão Fernando Haddad (PT) de que há racionamento noturno de água em São Paulo e disse que não vai transformar a crise hídrica do Sistema Cantareira em uma "picuinha política". Anteontem, Alckmin não quis comentar as declarações do secretário municipal do Governo, Francisco Macena, sobre o racionamento.
"Não vamos transformar a maior seca das últimas décadas em picuinha política", disse o governador, sobre a declaração de Macena. De acordo com o secretário municipal, há redução em 75% da pressão da água na rede de abastecimento da cidade entre meia-noite e 5 horas, conforme antecipou o Estado na edição de anteontem. Alckmin e a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) negam que haja rodízio de água na capital.
O racionamento noturno consta em ofício distribuído na terça-feira por Macena a gestores municipais. No documento, o secretário alerta que a redução da pressão na água pode deixar órgãos públicos situados em bairros altos desabastecidos à noite. A mesma consequência foi apontada por engenheiros ouvidos pelo Estado. "Isso é uma forma de racionamento", disse Macena, que ainda cobrou "transparência" da Sabesp.
Resposta. O diretor metropolitano da empresa, Paulo Massato, reagiu e classificou a declaração de "irresponsável". De acordo com a Sabesp, a medida é necessária para fazer a reversão de água dos Sistemas Guarapiranga e Alto Tietê para regiões que eram abastecidas pelo Cantareira, que atravessa a pior crise de sua história.
"Nunca foi dito por mim nem por nenhum funcionário da Sabesp que a companhia pratica qualquer tipo de rodízio ou racionamento. Por uma única razão: não há rodízio nem racionamento nos municípios em que a Sabesp atua", disse Massato.
Segundo o governador paulista, a adesão da população ao plano de descontos da Sabesp tem feito com que não haja necessidade de racionamento até agora: "76% da população tem feito uso racional da água, o que tem possibilitado nós enfrentarmos a maior estiagem dos últimos 84 anos sem racionamento nem rodízio", afirmou Alckmin.

OESP, 18/04/2014, Metrópole, p. A12

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