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Goiás é contra a hidrovia

Correio do Tocantins-Palmas-TO
21 de Jan de 2002

O governo de Goiás não aceita a construção da hidrovia Tocantins-Araguaia, uma das principais obras previstas para este ano como parte do Plano Plurianual. O governador Marconi Perillo (PSDB) alega que a obra vai causar danos ambientais, econômicos e sociais no Estado. A hidrovia foi projetada para estimular a exportação de grãos com navegação em rios de Goiás, Mato Grosso, Tocantins e Pará e para ampliar as áreas de lavouras no país, principalmente de soja. O primeiro levantamento sobre as alterações que o projeto vai causar na região, o Estudo de Impacto Ambiental (EIA), foi reprovado pelo Ibama, em agosto de 2000, por falta de informações suficientes para avaliar o impacto da obra. O documento está sendo refeito pela Administração da Hidrovia Tocantins-Araguaia (Ahitar), órgão do Ministério dos Transportes. O governo só espera o licenciamento para investir na obra R$ 5,6 milhões neste ano. Até o final da empreitada, em 2003, serão aplicados R$ 97 milhões.

A polarização em torno da hidrovia resume-se em argumentos contrários (suposta especulação imobiliária sobre terras indígenas; grandes agricultores vão provocar êxodo rural por causa da compra de terras por grandes agricultores; danos ambientais nas florestas, rios e fauna) e favoráveis (a hidrovia facilitará o escoamento da safra na região, atraindo grandes investimentos; oferecerá alternativas para diminuir o custo dos fretes dos produtos agrícolas; impulsionará a produção de grãos no país e valorizará as terras na sua área de influência).

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