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Gestão moderna

Amzônia Hoje - http://www.orm.com.br/amazoniajornal/
17 de Set de 2010

A Fundação Nacional do Índio (Funai) vai passar por um processo de reestruturação. O novo modelo administrativo consiste em regionalizar o órgão com a atuação direta nas comunidades indígenas, sob a supervisão de 3.100 novos servidores. Para isso, ontem de manhã foi realizado um seminário, que contou com a participação de cerca de cem indígenas e funcionários do órgão, para esclarecer as mudanças, que prometem garantir o direito dos índios de forma mais eficaz.

Foram criados Comitês Regionais como instâncias de participação direta das comunidades indígenas, de onde as lideranças políticas vão poder discutir as prioridades na execução orçamentária das unidades locais, monitorar a atuação da Funai e definir planos, programas e projetos para proteção territorial e promoção do desenvolvimento sustentável nas aldeias, por meio do Decreto 7.056, de 28 de dezembro de 2009.

Aloysio Guapindaia, diretor de promoção do desenvolvimento sustentável da Funai, informou que o órgão precisou se adequar à nova estrutura político-administrativa, com a criação de mais 3.100 vagas para serem preenchidas até 2012, melhorias salariais para os servidores da carreira, aquisição de veículos e equipamentos, criação de um centro de formação para capacitação de pessoal. "O objetivo é fazer com que o órgão esteja melhor preparado para o enfrentamento das problemáticas indígenas que, por muito tempo, se resumiram ao assistencialismo", disse.

A ideia, segundo Aloysio Guapindaia, é respeitar a autonomia das comunidades com o desenvolvimento de políticas de proteção para as terras indígenas, de forma que seja coibida a ação de invasores. A Funai também pretende garantir o desenvolvimento sustentável dos índios.

Liderança Cayapó, o cacique Jabor, que também é presidente da Comissão Nacional de Política Indigenista (CNPI) disse que o mais importante da reestruturação é não deixar a Funai acabar, para que os índios sempre tenham apoio de um órgão federal. Hoje, o país possui mais de 200 etnias indígenas, que se comunicam em 180 idiomas. Estiveram presentes no seminário os Kaiapó, Tembé, Juruna, Amanayá, entre outros.

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