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Funasa traça ações contra violência nas aldeias de MS

MS Notícias
08 de Out de 2007

A violência nas áreas indígenas do Mato Grosso do Sul é o tema principal da 32ª reunião do Conselho Distrital de Saúde Indígena (Condisi) do estado. Segundo levantamento da Funasa-MS de 2001 a 2007 aconteceram mais de 300 suicídios nas 72 aldeias de Mato Grosso do Sul. A maior parte deles envolvendo adolescentes com idade entre 15 e 19 anos.Outra preocupação é com o aumento do índice de agressões que acabam em morte, principalmente entre as etnias guarani-kaiowá. De 2001 para cá, mais de 140 indígenas morreram de forma violenta, aproximadamente 30 só este ano.

O encontro, que teve início nesta segunda-feira, em Dourados, e vai até quarta-feira (10/10), reúne a equipe técnica da Coordenação Regional da Funasa-MS, os 32 conselheiros distritais (Condisi), de representantes das oito etnias, das Casas de Saúde Indígena (Casai) de Dourados, Amambaí e Campo Grande, Sub-pólos de Brasilândia e Corumbá e Pólos-Base dos municípios de Dourados, Caarapó, Amambai, Bonito, Antônio João, Iguatemi, Tacuru, paranhos, Aquidauana, Sidrolândia, Miranda, campo Grande e Bodoquena, que regem os 26 municípios onde existem aldeias instaladas.

Outro ponto importante do encontro é a apresentação do Plano Distrital de Saúde Indígena 2008/2010 pelo chefe do Distrito Sanitário Especial Indígena (Dsei), Nelson Olazar; a coordenadora do projeto e socióloga, Juliana Kabad; e enfermeiro técnico Newton Gonçalves de Figueiredo, para que seja submetido à votação e aprovação pelo Condisi.

Durante o evento, a Funasa está discutindo as rotinas de trabalho desenvolvidas no setor de atenção básica, os indicadores, despesas e demandas, além de propostas para ações emergenciais nas áreas de educação e de saúde mental para conter os índices de violência nas aldeias.

A proposta de reforço policial dentro das aldeias está sendo avaliada junto ao governo do estado, para garantir a ordem nas comunidades indígenas, principalmente depois que ocoordenador regional da Funasa, Flávio da Costa Britto Neto, disse em entrevista, que poderá suspender o atendimento aos índios durante a noite, para não arriscar a vida dos funcionários que trabalham na instituição.Na região sul do Estado vivem, atualmente 36.843 guaranis e Kaiowás.A Fundação Nacional do Índio (Funai) mantém hoje quatro seguranças nas aldeias de Dourados, que abrigam aproximadamente 12.190 índios. Só este ano ocorreram pelo menos 12 homicídios somente em Dourados, o que significa metade das mortes registradas nas aldeias de todo o Estado.

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