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Funai continua movimento grevista

Diário da Amazônia-Porto Velho-RO
26 de Abr de 2006

Os servidores da Funai permanecem em greve. O movimento que iniciou no dia 28 de abril, não tem previsão de término. A informação é do coordenador da greve, Edson Mugrabe. Ele explicou que uma das reivindicações é o Plano de Cargos, Carreira e Salários Indigenista.
Ele explicou que a Funai luta por isto há anos, mas que as autoridades nunca deram a devida atenção a esta situação.
Na última semana, os representante da Funai de Rondônia estiveram em Brasília, quando receberam a informação que uma comissão seria formada para estudar o Plano de Cargos. "Mas até agora, não tivemos notícia de que essa comissão teria sido montada", falou Edson Mugrabe. Ele disse que integrarão essa comissão membros do Ministério do Planejamento da Justiça e da Presidência da Funai.
Além disto, os servidores da Funai lutam por melhorias nas condições de trabalho. Edson Mugrabe informou que o órgão fica sem material de expediente, computadores veículos e combustível para o trabalho de assistência na Capital e interior.
O coordenador da greve afirmou que o orçamento da Funai há 12 anos é o mesmo. "O Orçamento para todo o Brasil é de R$ 12,5 milhões e nestes de 12 anos, a inflação atingiu 130%", disse. Ele explicou que com esses valores não tem como desenvolver um trabalho decente, que possa atender adequadamente os indígenas.
A Regional que funciona em Rondônia engloba todo o Estado, com administrações em Porto Velho, Guajará Mirim e Cacoal, atém do noroeste do Mato Grosso, sul do Amazonas e parte do Acre, que equivale a 50 povos indígenas e 200 aldeias. Ao todo, são 250 servidores, sendo 60 índios. Segundo Mugrabe, os índios estão apoiando o movimento e esperam que o Governo Federal destine mas verbas para a Funai.

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