CB, Brasil, p.11
12 de Out de 2005
MEIO AMBIENTEForça-tarefa contra o desmatamento
Adriano Ceolin Da equipe do Correio
Os ministros José Dirceu, chefe da Casa Civil, e Marina Silva, do Meio Ambiente, lançaram ontem o Plano de Ação para Prevenção e Controle do Desmatamento na Amazônia Legal. A iniciativa envolve doze órgãos federais e tem orçamento de R$ 394 milhões. O principal objetivo é reforçar a fiscalização do Ibama na região amazônica. A cerimônia de lançamento do plano foi realizada no Palácio do Planalto e contou com a participação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Desde julho de 2003, o governo criou um grupo interministerial, com a participação de onze pastas, para elaborar uma proposta capaz de melhorar a fiscalização e o controle do desmatamento. Acima de tudo, foi identificada a necessidade de parceria entre os diferentes setores do governo. Pela primeira vez na história, a questão do desmatamento está sendo tratada dentro de uma dinâmica de governo. A atitude do presidente, nesse sentido, foi corajosa. A responsabilidade será integrada, disse a ministra Marina Silva. Outro ponto destacado pela ministra refere-se à união dos recursos.. Como o trabalho é integrado, os recursos são maiores, pois não são oriundos apenas do Ministério do Meio Ambiente, afirmou. Marina explicou que de 15% a 16% da área total da Amazônia Legal brasileira (cerca de 631.369 km²) foram desmatados, segundo dados de agosto de 2002. O plano prevê o monitoramento via satélite das áreas. As investigações de crimes ambientais se darão com informações trabalhistas, fiscais, tributárias e fundiárias. O financiamento de projetos na Amazônia Legal também terão novas diretrizes a fim de restringir ações de desmatamento irregular. As Forças Armadas também atuarão no combate ao desmatamento. A participação de militares, que hoje ocorre de forma pontual e em ações de inteligência, passará a ser rotina no combate ao desmatamento. Tipo exportação O ministro-chefe da Casa Civil, José Dirceu, fez discurso na solenidade e também participou da entrevista coletiva. Durante seu pronunciamento, ele lembrou que o modelo de fiscalização da Amazônia poderá ser adotado por outros países da América do Sul. A floresta amazônica não é só brasileira. Esse planejamento, no futuro, envolverá outros países, disse. O presidente Lula não discursou na cerimônia. Alegou falta de tempo por conta de compromissos de agenda. No começo da noite de ontem, ele viajou para o Rio de Janeiro onde se encontraria com o presidente da Argentina.
CB, 16/03/2004, p. 15
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