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Autor: Adair J. Santos
13 de Ago de 2010
Caro Confrade - Joel Maduro. Permita-me agradecer pelas suas criticas, construtivas, sobre os meus artigos: ECOS DOS POVOS INDÍGENAS - I e II.
- Reconheço os problemas causados pela polemica demarcação da terra indígena Raposa Serra do Sol (em área contínua), desprezando a solução justa, lógica e patriótica da demarcação dessa área "em ilhas" aceita pelos brasileiros, não índios, que ali residiam na posse e ocupação das suas propriedades rurais produtivas; pela maioria dos nossos irmãos índios daquela região; pelos habitantes do Estado de Roraima; e por todos os demais brasileiros sensatos da nossa Nação. Essa demarcação, da forma como foi homologada, constitui uma incontestável arbitrariedade histórica e falta de bom senso, do atual Presidente no nosso País e dos seus ministros. Pois, desprovidos de sentimentos de patriotismo, se curvaram às flagrantes preções estrangeiras em prejuízo das aspirações do Povo Brasileiro dando origem a uma "apartheid" (separação racial) no nosso Estado. O que já está ocorrendo também em outras regiões da Amazônia brasileira onde, apesar de todos os indígenas terem direito às benesses da nossa Constituição, inclusive
o transito livre a qualquer área do território nacional, aos brasileiros (não índios) é negado esse direito constitucional. O que é concedido aos estrangeiros que aqui circulam com as mais suspeitas, secretas e sórdidas intenções. Principalmente aos que estão ligados às famigeradas ONGs estrangeiras que, estrategicamente usam os nativos como "inocentes úteis. Fatos que podem ser analisados nas orientações do documento intitulado "DIRETRIZES BRASIL N 4; elaborado em Genebra - Suíça - em julho de 1981 e encaminhado, secretamente, para as Organizações Sociais Missionárias no Brasil - um verdadeiro manual de orientações subversivas contra a nossa soberania".
- As injustiças cometidas pelo Governo Federal que vitimaram os iludidos brasileiros que viviam e produziam na reserva Raposa Serra do Sol e que, além de injustiçados, ultrajados e humilhados pelas autoridades do seu País, foram também ludibriados com as promessas de glebas de terras com áreas equivalentes às que lhes foram tomadas; além das indenizações arbitrárias e mesquinhas, absurdamente inferiores aos reais valores das suas propriedades rurais, muitas dessas tituladas, há séculos, por leis vigentes do nosso País retratam uma vergonhosa e perversa omissão do Governo Central.
- É preciso entender, meu caro Confrade, que os nossos irmãos índios vêm, há muito, sendo vitimas dessas sórdidas manobras internacionais como inocentes úteis. E que não cabe a eles nenhuma culpa pela conclusão dessas viciosas demarcações e dos seus efeitos daninhos. Portanto a sociedade, e opinião pública locais, não devem colocá-los como "bodes expiatórios", para serem censurados, antipatizados ou boicotados por erros ou crimes que não cometeram.
- Contudo faz-se mister saber que hoje eles, como os não índios, são também vitimas da incompetência, se é que foi esse o caso, das nossas autoridades constituídas responsáveis pela torpe decisão que provocou tamanho sofrimento, revolta e angustia a todos que ali habitavam sob o escudo das leis. Maculando a essência dos direitos constituídos, do Povo de Roraima e do Brasil como um todo.
- Quando escrevi em um dos meus artigos: "Os desequilíbrios sociais observados entre índios e não índios estão carentes de soluções racionais por parte dos que mais têm: as autoridades constituídas que os mantêm tutelados. Pois" Somos responsáveis por tudo aquilo que cativamos!"não estava me referindo aos injustiçados nem à sociedade, como se pode ver no grifo atual, mas às autoridades constituídas que os tutelam.
- Quanto à citação: "amai-vos uns aos outros". (Jesus Cristo), vejo-a como o elo mais forte da corrente humana que, há tantos séculos, busca a Paz entre os homens.
"Sonho com o dia em que todas as pessoas levantar-se-ão e compreenderão que foram feitas para viverem como irmãs". (Nelson Rolihlahla Mandela).
* Escritor - historiador - e membro da Academia Roraimense de Letras. - E-mail: adair.adsumus@terra.com.br - Tel: (95) 3625.1719.
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