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Comunidades indígenas têm diagnóstico sobre "linhão"

A Gazeta Digital
Autor: Silvana Ribas
10 de Abr de 2008

Uma equipe de pesquisadores do Instituto Creatio estará apresentando o relatório referente ao Estudo Sócio-ambiental para o Licenciamento Ambiental da Linha de Transmissão de Energia (Linhão) - que liga o município de Samuel (RO) a Jauru (MT) - às comunidades indígenas da região. As reuniões ocorrerão de 11 a 16 de abril com intuito de apresentar, debater, corrigir possíveis erros e validar o diagnóstico, que será encaminhado posteriormente à Fundação Nacional do Índio (Funai).

O diagnóstico sócio-ambiental foi desenvolvido pelo Instituto Creatio, por meio de uma equipe multidisciplinar constituída por profissionais da área de Antropologia, Botânica e Ecologia, o qual atendeu ao termo de referência emitido pela FUNAI, estudando os aspectos sócio-ambientais e os possíveis impactos ocasionados pela construção da linha de transmissão de energia nas terras indígenas. O relatório apresenta as medidas mitigatórias e compensatórias que deverão ser observadas na construção e execução do Plano de Compensação Ambiental para a região.

Esse diagnóstico será apresentado aos indígenas pela equipe multidisciplinar formada pelo antropólogo Edson Benedetti, o engenheiro florestal Fabrício Alves Moura, e o ecólogo Dionei José da Silva, juntamente com um representante da Jauru Transmissão de Energia e um outro representante da FUNAI.

Segundo Dionei da Silva, o objetivo maior é avaliar se o relatório referente aos estudos tem validade para as comunidades. "Nós precisamos verificar juntamente com as comunidades indígenas se o diagnóstico está de acordo com a realidade deles. É por esse motivo que faremos seis reuniões diferentes para que haja espaço para a discussão", comentou ele.

Para facilitar a apresentação, os pesquisadores usarão materiais gráficos, para que os indígenas visualizem melhor os dados levantados pelo diagnóstico. "Nós produzimos banners com as informações contidas no relatório, e ainda um outro, com a distância em que a linha de transmissão passará de cada aldeia", explicou Edson Benedetti.

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