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Compensação ambiental paga por empresas deve ter limite reduzido

FSP, Vida, p. A17
11 de Dez de 2006

Compensação ambiental paga por empresas deve ter limite reduzido
Medida integra pacote para incentivar investimentos e "destravar" economia

Fábio Amato

O governo federal quer reduzir de 5% para 3% do valor da obra o teto da taxa de compensação ambiental cobrada de empreendimentos que causam impacto significativo no ambiente, como hidrelétricas, mineradoras e grandes indústrias.
A medida integra o rol de tentativas do governo de "destravar" o que, segundo o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), tem freado investimentos em infra-estrutura e o crescimento econômico do país.
Em discurso em novembro, Lula afirmou que "questões dos índios, quilombolas, ambientalistas e Ministério Público" são obstáculos ao investimento.
Prevista na lei no 9.985, de 2000, a compensação ambiental é uma forma de reparação pela destruição de florestas e outros ecossistemas provocada por obras de grande porte. O dinheiro é usado na criação e na manutenção de unidades de conservação, como parques.
Até 2004, os responsáveis por grandes empreendimentos eram obrigados a aplicar no mínimo 0,5% e no máximo 5% do valor da obra em ações de compensação ambiental. O percentual é definido pelo Ibama, a partir de metodologia que estabelece o grau de impacto.
Segundo o presidente substituto do Ibama, Valmir Ortega, o governo quer que o teto seja reduzido para ao menos 3%. Projeções do órgão mostram que, se isso ocorrer, a taxa média cobrada sobre grandes obras cairá quase pela metade, de 2,6% para 1,2%. Mesmo com a redução, o Ibama apóia a proposta. "Os empresários sempre reclamaram que o teto de 5% era muito alto. O raciocínio é que a redução do teto levará a uma aceitação maior por parte deles."

FSP, 11/12/2006, Vida, p. A17

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