VOLTAR

Comissão de Desenvolvimento Nacional analisa incentivo a energia alternativa

Agência Senado - http://www12.senado.leg.br/noticias
Autor: Tercio Ribas Torres
29 de Fev de 2016

A Comissão Especial do Desenvolvimento Nacional (CEDN) volta a se reunir na quarta-feira (2), às 15h. Na pauta, 13 projetos da Agenda Brasil - pauta apresentada pelo presidente do Senado, Renan Calheiros, com o objetivo de incentivar a retomada do crescimento econômico do país.

Um dos itens da pauta é o Projeto de Lei do Senado (PLS) 433/2015, do senador Cássio Cunha Lima (PSDB-PB), que propõe aumentar a participação mínima obrigatória das fontes renováveis alternativas na matriz elétrica brasileira. A Lei 10.438/2002 obriga a participação mínima de 10% de três fontes alternativas - eólica, biomassa e pequenas centrais hidrelétricas - na matriz elétrica nacional, percentual a ser alcançado em 2022. O texto original do projeto previa alterar a lei, visando a aumentar esse piso para 15%, a ser alcançado em 2025. No relatório final, o senador Romero Jucá (PMDB-RR) elevou o percentual para 20%.

A matéria já teve sua discussão iniciada há duas semanas. A senadora Simone Tebet (PMDB-MS) atuou como relatora ad hoc e leu o relatório de Jucá. O projeto também estabelece a ampliação do leque de fontes alternativas elegíveis para o alcance desse novo percentual, incluindo todas as fontes renováveis alternativas, com expressa citação das fontes termossolar, fotovoltaica, biogás, maremotriz, ondomotriz e hidrogênio. Como tramita em caráter terminativo, a matéria seguirá direto para a análise da Câmara dos Deputados, em caso de aprovação.

Reciclagem

Também consta da pauta o PLS 187/2012, que permite a dedução do imposto de renda de valores doados a projetos de reciclagem. Do senador Paulo Bauer (PSDB-SC), o projeto estabelece que a dedução será de até 50% do valor total das doações feitas por pessoas jurídicas ou físicas. O texto ainda prevê que cada contribuinte poderá doar o equivalente a, no máximo, 4% do total do imposto de renda devido por empresas e de 6% no caso de pessoas físicas. A matéria tramita em caráter terminativo e, se aprovada na comissão, seguirá para análise da Câmara dos Deputados.

Outro item a ser analisado é o PLS 341/2013, de autoria do senador Benedito de Lira (PP-AL), que estabelece incentivos à produção de peixes integrada à agricultura. O projeto também incentiva a utilização de resíduos provenientes da piscicultura na adubação de solo para plantios agrícolas. Entre os benefícios propostos aos produtores, estão: a dispensa do licenciamento ambiental para empreendimentos de pequeno porte, a prioridade na concessão e renovação de outorga de direitos de uso de recursos hídricos e a isenção da cobrança pelo uso de recursos hídricos para agricultores familiares. A matéria tramita em caráter terminativo e conta com o apoio da relatora, senadora Lúcia Vânia (PSB-GO).

Multas ambientais

A pauta da comissão também traz o PLS 741/2015, segundo o qual os recursos arrecadados com as multas por tragédias ambientais devem ser aplicados na recuperação das localidades onde o dano aconteceu. A proposta, do senador Antonio Anastasia (PSDB-MG), foi motivada pelos rompimentos das barragens do município de Mariana (MG), em novembro do ano passado. A lama tóxica causou mortes e deixou um rastro de destruição ambiental do leste de Minas até o Espírito Santo.

Por conta de uma emenda apresentada em Plenário, volta à pauta da comissão o PLS 186/2014, que regulamenta os jogos de azar no Brasil. A comissão ainda deve analisar o PLS 444/2013, que traz alterações nas regras de licitação e concessão de obra pública; o PLS 203/2014, que trata da manifestação de interesse da iniciativa privada; e o PLS 313/2011, que dispõe sobre a destinação dos recursos de premiação das loterias federais não procurados. Também consta na pauta o PLS 769/2015, que amplia medidas de combate ao tabagismo.

http://www12.senado.leg.br/noticias/materias/2016/02/29/comissao-de-des…

As notícias aqui publicadas são pesquisadas diariamente em diferentes fontes e transcritas tal qual apresentadas em seu canal de origem. O Instituto Socioambiental não se responsabiliza pelas opiniões ou erros publicados nestes textos. Caso você encontre alguma inconsistência nas notícias, por favor, entre em contato diretamente com a fonte.