VOLTAR

Comboio de policiais ataca indígenas Terena, no MS

Cimi - http://www.cimi.org.br/
17 de Mai de 2010

Cerca de cem policiais federais, além de 30 policiais da Companhia Independente de Gerenciamento de Crises e Operações Especiais do Estado do Mato Grosso do Sul (Cigcoe) estão atacando, neste momento, indígenas Terena que bloqueiam a rodovia BR- 262 no Mato Grosso do Sul. De acordo com informações dos próprios índios, os policiais se utilizam de bombas, tiros, gás lacrimogêneo e atingem mulheres, crianças e idosos. Há informações de inúmeros indígenas feridos.

Os policiais formaram um comboio nesta tarde, se encaminharam de Campo Grande para os municípios de Miranda e Aquidauana, onde está localizada a T. I Cachoeirinha. Grupos de indígenas do povo Terena bloqueiam a rodovia BR- 262 que dá acesso à terra indígena e fazendas da região, bem como um lixão utilizado pela prefeitura de Miranda que também incide na terra indígena. Mais de 400 indígenas estão na área. Há anos eles reivindicam a demarcação da terra, considerada tradicional do povo pelos estudos antropológicos realizados pela Funai.

Os Terena iniciaram essa nova mobilização após tomarem conhecimento da última decisão do Juiz da 4 Vara Federal de Campo Grande em dar cumprimento à ordem de despejo proferida pelo ministro do Supremo Tribunal Federal, Gilmar Mendes, na AC n 2556. Na decisão, o juiz determina reforço policial para o cumprimento da ordem.

O povo Terena quer permanecer na terra até que o STF se pronuncie sobre os agravos regimentais interpostos pelo Ministério Público Federal e pela Funai na Ação Cautelar. Eles buscam permanecer na posse da terra retomada, onde incide a fazenda do ex-governador do MS, Pedro Pedrossian.

http://www.cimi.org.br/?system=news&action=read&id=4653&eid=352

As notícias aqui publicadas são pesquisadas diariamente em diferentes fontes e transcritas tal qual apresentadas em seu canal de origem. O Instituto Socioambiental não se responsabiliza pelas opiniões ou erros publicados nestes textos. Caso você encontre alguma inconsistência nas notícias, por favor, entre em contato diretamente com a fonte.