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CIR troca experiência com cooperativa gaúcha que produz o arroz ecológico

CIR - http://www.cir.org.br
01 de Abr de 2010

Representantes locais do CIR e do MST participaram da VII Abertura da Colheita do Arroz Ecológico Safra 2009/2010, que ocorreu em Tapes (RS), no dia 26 de março
O Conselho Indígena de Roraima (CIR) está dando continuidade ao intercâmbio com o Grupo Gestor Arroz Ecológico, do qual faz parte o Movimento dos Sem-Terra (MST). Representantes locais do CIR e do MST participaram da VII Abertura da Colheita do Arroz Ecológico Safra 2009/2010, que ocorreu em Tapes (RS), no dia 26 de março.
Quem representou o CIR no evento foi Martilza de Lima, vice-coordenadora da Organização das Mulheres Indígenas (Omir). Na quinta-feira passada, ela entregou aos coordenadores do CIR uma bandeira do MST autografada pelas principais lideranças dessa organização como símbolo da parceria do homem do campo com os povos indígenas.
Martilza de Lima disse que foi uma experiência rica de conhecimentos que deve ser aproveitada pelos índios de Roraima. A produção de arroz ecológico começou a ser desenvolvido em assentamentos da reforma agrária em 1999, em municípios do Rio Grande do Sul. O trabalho é coordenado pela Cooperativa Central dos Assentamentos da Região de POA (Coceargs).
O objetivo é construir alternativas ao processo de integração industrial e ao modelo ecológico baseado em pacotes agro-químicos. A estratégia foi, além de criar autonomia na produção e comercialização de arroz ecológico, valorizar a cultura dos agricultores e a sua sabedoria.
Hoje são oito assentamentos que produzem o arroz orgânico da reforma agrária em seis municípios gaúchos. Lá existem 147 unidades produtoras que envolvem 211 famílias de assentados, totalizando 872 pessoas envolvidas. São 2.104,6 hectares de área de arroz orgânico ou em transição com outras 4,1 mil hectares em processo de certificação. A produção total de arroz ecológico na atual safra é de 177,7 mil sacas.
A cooperativa se preocupa m ais com a qualidade de vida dos assentados do que o crescimento do patrimônio, objetivo que só está sendo alcançado com a participação das famílias assentadas. A entidade incentiva a organização de espaços sociais como parques infantis, salões comunitários, hortos fitoterápicos, padarias, escolas e discussões, além de capacitações em relações humanas, gênero, cultura e valores.
O coordenador-geral do CIR, Dionito José de Souza, disse que a experiência do MST gaúcho pode servir de exemplo para os índios de Roraima, que também estão pensando nesse momento como desenvolver as terras que foram reconquistadas, como a Terra Indígena Raposa Serra do Sol. "Queremos aprender com essa experiência para adaptar o que deu certo lá para a nossa realidade indígena", afirmou.

Conselho Indígena de Roraima

http://www.cir.org.br/noticias.php?id=702

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