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Cimi critica esvaziamento da Funai

Agência Câmara-Brasília-DF
Autor: (Reportagem - Mauren Rojahn; Edição - Maristela Sant'Ana)
17 de Set de 2003

Durante seminário sobre as ações governamentais para os povos indígenas da Amazônia, que está ocorrendo neste instante no Auditório Nereu Ramos, o assessor jurídico do Conselho Indigenista Missinário (Cimi), Paulo Machado, criticou o esvaziamento da Funai que, segundo ele, ocorreu no Governo Collor. Em sua avaliação, o modelo atual - em que vários ministérios são responsáveis por demandas de acordo com seu foco de atenção - não está dando certo. Ele defende a criação de um órgão único, com a participação de entidades de defesa dos índios para tratar de ações específicas para cada etnia, e não por região geográfica.

A defesa da centralização da área também foi feita por Márcio Santilli, coordenador do Instituto Sócio Ambiental (ISA). Para ele, se por um lado esse modelo descentralizado atende às demandas dos índios, por outro cria certa confusão entre eles, que não se dirigem a um órgão só. Sua opinião é que devem ser criados também programas regionais que reunam todas as iniciativas dos ministérios.

Presidente da Frente Parlamentar de Defesa dos Povos Indígenas, o deputado Eduardo Valverde (PT-RO) defendeu que os ministérios mantenham suas funções específicas, promovendo a articulação de suas políticas. Em sua opinião, o maior desafio da Frente se dará na discussão do Orçamento, oportunidade em que os parlamentares deverão lutar pela ampliação dos recursos para programas voltados aos povos indígenas.

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