VOLTAR

Chuvas acima da média isolam aldeias indígenas no Tocantins

G1 http://g1.globo.com/
23 de Mar de 2018

Regiões do Oeste do Tocantins estão isoladas por causa da chuva muito acima da média. Choveu demais nesta sexta-feira (23) e um córrego inundou a BR-226, que liga o Tocantins ao Maranhão. Um trecho chegou a ficar totalmente interditado.

Faz 15 dias que nenhum veículo passa pela TO-080, que liga o estado ao Pará. A força da água arrancou 20 metros da pista.

Nesta sexta, em Recursolândia, famílias ficaram ilhadas depois que um rio transbordou. A enchente obrigou indígenas kraho a abandonarem uma aldeia em Lagoa da Confusão, um dos seis municípios em situação de emergência.

"Só Tupã que sabe, só Deus. Se continuar chovendo assim, a gente não pode voltar para cá", disse Davi Cramõc Kraho, vice-cacique aldeia takaywrá.

Os índios precisaram da ajuda do Exército e da Defesa Civil. Foram levados para um ginásio de esportes. "Não temos outra casa para gente ir. É melhor permanecermos aqui até que as águas baixem", disse a indígena Clarícia Guajajara Lima.

Produtores rurais também sofrem com problemas de drenagem. Alguns trechos da estrada tiveram que ser aterrados para permitir a passagem de veículos. Quanto ao pasto, não há muito o que fazer. Os animais têm que se alimentar praticamente com metade do corpo dentro d'água.

Por causa da cheia, 1.300 alunos da zona rural de Peixe estão sem poder ir à aula. "Eles estão perdendo aula. Eles estão interessados, tem que aproveitar enquanto eles estão interessados em estudar, né?", disse o vendedor Luciano Oliveira.

"Há menos de 30 dias fez uma manutenção nas estradas e, infelizmente, a chuva não colaborou", afirmou Cristina Gonçalves, secretária de Educação de Peixe.

Em Ananás, a estrada virou rio e 60 estudantes tiveram que atravessar a pé.

http://g1.globo.com/jornal-nacional/noticia/2018/03/chuvas-acima-da-med…

As notícias aqui publicadas são pesquisadas diariamente em diferentes fontes e transcritas tal qual apresentadas em seu canal de origem. O Instituto Socioambiental não se responsabiliza pelas opiniões ou erros publicados nestes textos. Caso você encontre alguma inconsistência nas notícias, por favor, entre em contato diretamente com a fonte.