OESP, Metrópole, p. A14
18 de Mar de 2014
Cheia do Rio Madeira deixa Porto Velho em calamidade pública
Ayr Aliski
BRASÍLIA - O governo federal reconheceu situação de calamidade pública no município de Porto Velho, capital de Rondônia, por causa das inundações. A cidade vem enfrentando problemas por causa do transbordamento do Rio Madeira. A presidente Dilma Rousseff esteve em Porto Velho no último sábado, 15, e sobrevoou as áreas atingidas pelas cheias dos rios da região. Ela também foi a Rio Branco, capital do Acre, que também enfrenta problemas por causa das intensas chuvas.
A decisão pelo reconhecimento da situação de emergência na capital de Rondônia foi formalizada com a publicação da portaria no 86 da Secretaria Nacional de Proteção e Defesa Civil no Diário Oficial da União desta segunda-feira, 17.
Dilma voltou a falar nesta segunda, 17, sobre a cheia do Rio Madeira, em postagens no Twitter. A presidente lembrou que esteve em Rondônia e no Acre, prestando solidariedades aos desabrigados das chuvas e afirmou que os moradores vão continuar recebendo assistência do governo para as tarefas de reconstrução das localidade atingidas pelas chuvas. Segundo ela, neste momento, a prioridade é resgatar e apoiar os desabrigados. "Parceiros não podem faltar na hora difícil", disse.
Conforme o Ministério da Integração Nacional, calamidade pública representa uma situação anormal, decretada em razão de desastre, que em razão da magnitude dos danos, requer auxílio direto e imediato do Estado ou da União para as ações de socorro e de recuperação.
Outras portarias da Secretaria Nacional de Proteção e Defesa Civil publicadas também nesta segunda-feira autorizam o empenho e a transferência de recursos para municípios do Espírito Santo: Brejetuba (R$ 1,3 milhão), Laranja da Terra (R$ 6,6 milhões), Vila Valério (R$ 650 mil) e São Gabriel da Palha (R$ 1,168 milhão). Essas transferências deverão ser utilizadas para amenizar os danos causados por inundações. Ao município gaúcho de David Canabarro, atingido por granizo, será repassado o valor de R$ 34,8 mil para ações de socorro, assistência às vítimas e restabelecimento de serviços essenciais.
Leptospirose.
Já a capital do Acre corre risco de ter surto de leptospirose durante retorno das famílias para as casas no período pós-enchente. Na primeira quinzena de março já são 91 casos confirmados. É quase o dobro de confirmações registradas no mesmo período do ano passado quando, durante todo o mês, a Secretaria Municipal de Saúde confirmou 101 casos.
Nos primeiro trimestre deste ano, o município de Rio Branco já registra 319 notificações.
"Notificação não é confirmação", ressalta a secretária de Saúde de Rio Branco, Marcilene Alexandrina. " Notificação é suspeita." A secretária relata ainda que a agentes da prefeitura mantêm a estratégia de monitorar os casos de febre com possibilidade para diagnóstico de dengue ou leptospirose.
Uma vez feito os exames para dengue, caso os resultados sejam negativos, a prefeitura passa a trabalhar com a hipótese de ser leptospirose. "A não ser que o paciente apresente, de imediato, além da febre, a dor na panturrilha, característica da leptospirose", diferencia.
O Rio Acre já começa a apresentar sinais de vazante e o retorno para as residências exige cuidado especial para que as pessoas não entrem em contato com a urina dos ratos. Ontem pela manhã, o governador Tião Viana (PT), o prefeito de Rio Branco, Marcus Alexandre (PT) e lideranças comunitárias participaram do lançamento do mutirão de limpeza nos bairros.
Balanço
14,1mil
litros por segundo é a vazão média de água que entrou até ontem no Sistema Cantareira neste mês. Em 1953, que era o pior da história, o índice foi de 26,7 mil litros por segundo. Ontem, por exemplo, o volume retirado do sistema foi de 28,5 mil litros por segundo.
1.699 famílias foram desalojadas (tiveram de ser acolhidas em casas de amigos e parentes) pelas enchentes em Rondônia até o fim de semana, segundo a Defesa Civil do Estado.
779 famílias estão desabrigadas (precisavam ir para abrigos oferecidos pelo poder público)
OESP, 18/03/2014, Metrópole, p. A14
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