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05 de Jul de 2010
Dados da Fundação de Vigilância em Saúde, de janeiro a maio, mostram 30.949 registros da doença no Amazonas
Nos primeiros cinco meses de 2010, a Secretaria de Estado de Saúde (Susam) registrou um aumento de 45% de casos de malária em Manaus em relação ao mesmo período do ano anterior, de acordo com dados disponibilizados no Sistema E-siga, do governo estadual.
Segundo diretor-presidente da Fundação de Vigilância em Saúde (FVS), Bernardino Albuquerque os casos de malária também aumentaram nos municípios de Manacapuru e Eirunepé e da região do Alto Solimões.
Albuquerque informou que, por ano, o governo gasta cerca de R$ 25 milhões no combate à doença no Amazonas, aplicados na compra de compra de insumos para as ações de borrifação e em alimentação e combustível, utilizados pelos técnicos responsáveis por essas ações.
De acordo com dados do E-siga, esse ano foram registrados 7.314 casos em Manaus. Desse total, cerca de 6.260 pacientes foram atendidos na Fundação de Medicina Tropical do Amazonas (FMTAM). No mesmo período no ano passado foram 5.044 casos e 3.674 atendimentos na FMTAM.
Albuquerque explicou que o aumento dos casos na cidade ocorreu em decorrências de 'alguns focos', mas, ressaltou que o quadro já foi revertido.
Redução
Segundo informações da Secretária Municipal de Saúde (Semsa), em maio desse ano já foi possível notar a redução de 9,5% dos casos da doença, em relação a abril.
Nos municípios do interior do Estado, o diretor-presidente destacou que a FVS vai dar continuidade aos trabalhos de distribuição de mosqueteiros com inseticidas e às ações de borrifação intradomiciliares.
Áreas de garimpo, localidades que passam por processo de colonização e comunidades indígenas, foram destacadas por Albuquerque como os principais pontos onde são registrados casos de malária.
Em Manaus, o secretário da Semsa, Francisco Deodato, alertou para os cuidados redobrados no segundo semestre, considerado por ele um período propício para o aumento de casos, por conta da existência de fatores de risco, como variáveis ambientais (estiagem), culturais, sociais e climáticas.
Em 2007 e 2008, mesmo com mais de R$ 62 milhões de investimentos no combate à malária, o Amazonas teve a menor redução nos casos da doença entre os Estados da Região Norte, 33,4%, ficando à frente apenas do Pará.
Até maio desse ano foram registrados 30.949 casos de malária no Amazonas, segundo a FVS. "O Amazonas deixou de corresponder ao Estado com maior registro da doença. Hoje, corresponde a cerca de 23% em relação ao restante do País", afirmou Albuquerque.
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