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Brasil pretende firmar parcerias para construção de hidrelétricas na Bolívia

O Globo, Economia, p. 21
13 de Fev de 2007

Brasil pretende firmar parcerias para construção de hidrelétricas na Bolívia
Projetos serão discutidos durante visita do presidente boliviano ao país

Mônica Tavares

O Brasil está disposto a fechar parcerias com a Bolívia para a construção de usinas hidrelétricas. A principal delas é a
usina de Guajará-Mirim, com capacidade de três mil megawatts (MW), no rio Mamoré, um dos que formam o rio Madeira, na fronteira com o Brasil. Esse tema será discutido amanhã, durante a visita oficial ainda não confirmada do presidente da Bolívia, Evo Morales, ao país. A informação foi dada pela ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff:

- Está resolvido, o que eles querem é uma parceria nas usinas que estão do lado boliviano do rio Madeira. Sem dúvida temos interesse. Vai estar em pauta na reunião com o presidente da Bolívia.

Há ainda o projeto Cachoeira Esperanza, localizado no rio Beni, afluente do Madeira, a cerca de 100 quilômetros da fronteira com o Brasil.

Duas novas usinas estão previstas em solo brasileiro A proposta é de que a usina binacional no Mamoré seja construída
independentemente das hidrelétricas de Jirau e Santo Antonio (com capacidade de sete mil MW), previstas para instalação também no rio Madeira, do lado brasileiro. O leilão de concessão da hidrelétrica de Santo Antonio deverá ser realizado entre junho e julho deste ano e a entrada em operação da primeira turbina deverá ocorrer em março de 2012. O empreendimento de Jirau deverá ser licitado este ano, com operação prevista para março de 2013.

Outro tema que poderá constar da pauta entre os dois países é o preço do gás natural importado pelo Brasil. Segundo Dilma Rousseff, o preço está compatível com o praticado nos outros países.

- Existe um movimento internacional de diminuição do preço do gás. O nosso preço está bem compatível com o praticado no mundo - afirmou a ministra.

O preço do gás natural na Bélgica, segundo Dilma, "é mais barato do que o nosso contrato". O Brasil paga US$ 4,20 por milhão de BTUs (Unidade Térmica Britânica) à Bolívia. O país vizinho quer aumentar o valor para US$ 5,00 por milhão de BTUs. O Brasil importa da Bolívia 30 milhões de metros cúbicos/dia de gás.

Ministra pede bom senso na discussão sobre preço do gás

Para a ministra, o mais importante é que qualquer regra adotada seja cumprida. Segundo ela, na discussão sobre o preço do gás natural, deve prevalecer o "bom senso".

O Globo, 13/02/2007, Economia, p. 21

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